A última semana cheia de março será marcada por uma série de indicadores econômicos relevantes no Brasil e no exterior, além de decisões que podem influenciar os rumos da política monetária global. Entre os dias 23 e 28, os destaques incluem a divulgação da ata do Copom, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o IPCA-15 e o IGP-M no Brasil, além dos dados de renda pessoal, consumo e inflação nos Estados Unidos.
No Brasil, o Banco Central publica a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária na terça-feira (25), detalhando os fundamentos que levaram à elevação da taxa Selic. Na quinta-feira (27), o RTI trará projeções atualizadas sobre a inflação e o crescimento econômico. Ainda durante a semana, o IBGE divulga a prévia da inflação oficial do país (IPCA-15) e o índice de preços do aluguel (IGP-M), ambos referentes a março. O mercado também acompanha a divulgação dos dados do Caged e da taxa de desemprego na sexta-feira.
Nos Estados Unidos, os investidores estão atentos à divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de fevereiro, que será publicado na sexta-feira (28). O indicador é considerado o principal balizador de inflação pelo Federal Reserve. Na véspera, será divulgada a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2024. Ao longo da semana, também serão conhecidos dados do setor imobiliário e os números preliminares dos PMIs industrial e de serviços, tanto nos EUA quanto na Europa.
Francisco Alves, operador de mercado e comentarista da BM&C News, destacou que “vamos iniciar essa última semana longa do mês de março com muitos dados importantes, inclusive aqui no Brasil, com grandes destaques como a ata do Copom e o Relatório Trimestral de Inflação”. Ele lembra que “o IPCA-15 e o IGP-M vão trazer leituras importantes sobre o comportamento da inflação, enquanto os balanços corporativos também movimentam o mercado”.
Nos Estados Unidos, Alves aponta que o PCE é o “grande dado da semana”, ressaltando que o indicador “tem sido utilizado pelo Fed nas suas decisões de política monetária”. Ele também chama a atenção para a divulgação do PIB na quinta-feira e o volume de informações sobre o setor imobiliário: “Teremos dados de vendas de casas pendentes, casas novas, alvarás, bastante coisa ligada ao mercado imobiliário”.
Em relação ao cenário internacional, Alves observa que “a Ásia tem uma agenda mais vazia, com destaque apenas para o CPI do Japão e dados de Singapura”. Já no campo geopolítico, o comentarista reforça que os investidores estarão atentos aos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, aos conflitos no Oriente Médio e à expectativa pelas tarifas recíprocas anunciadas por Donald Trump, que entram em vigor a partir de 2 de abril.
Na semana passada, o Ibovespa acumulou alta de 2,63%, alcançando valorização de 10,03% no ano. O dólar à vista caiu 0,45% na semana, acumulando queda de 3,36% em março. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,5%, o Nasdaq avançou 0,17% e o Dow Jones teve alta de 1,20%. O ouro abril recuou 0,73%, mas ainda acumula alta de 0,67% na semana. O cobre, contrato para maio, subiu 4,7%. O petróleo WTI teve alta de 2,1%, enquanto o Brent avançou 2,2%.
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