Nos últimos anos, a energia solar tem se destacado como uma das principais fontes de energia renovável no Brasil. De acordo com dados recentes, o preço dos painéis solares residenciais caiu significativamente, tornando-se uma opção viável para muitos consumidores. Em 2025, a geração própria de energia solar já abastece mais de 4,6 milhões de imóveis no país, abrangendo residências, comércios, indústrias e propriedades rurais.
Essa expansão é impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo a redução dos custos de instalação e a crescente conscientização sobre a importância das energias renováveis. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) destaca que a tecnologia fotovoltaica está presente em todos os estados brasileiros, com uma potência instalada de cerca de 35 gigawatts (GW).
Quais são os Benefícios Econômicos da Energia Solar?
Investir em energia solar pode trazer benefícios econômicos significativos para os consumidores. O retorno do investimento varia de acordo com a região e o tamanho do projeto, mas estudos indicam que a taxa de retorno anual pode variar entre 35% e 45%. Em média, a instalação de sistemas fotovoltaicos pode se pagar em cerca de três anos, dependendo do consumo e da localização.
Por exemplo, uma residência no sudeste do Brasil que consome 347 kWh por mês necessitaria de um sistema de aproximadamente 3,3 kWp para suprir sua demanda energética. No nordeste, onde a incidência solar é maior, o tamanho do sistema pode ser menor, aumentando ainda mais a economia na conta de luz.
Como Funciona a Geração Distribuída de Energia Solar?

A geração distribuída (GD) refere-se a instalações de menor porte, como sistemas fotovoltaicos residenciais, que permitem o autoconsumo de energia. Esses sistemas são predominantemente não despacháveis, ou seja, a energia gerada é injetada na rede de distribuição e o excedente pode ser convertido em créditos para o consumidor.
Por outro lado, a geração centralizada (GC) envolve usinas de maior porte, cuja energia é vendida para distribuidores e consumidores por meio de leilões ou contratos bilaterais. Atualmente, dois terços da energia solar no Brasil são provenientes da geração distribuída, destacando-se como uma solução eficiente para o consumidor residencial.
Qual é o Futuro da Energia Solar no Brasil?
O futuro da energia solar no Brasil parece promissor, com uma tendência crescente de descentralização. Pequenos consumidores residenciais estão se tornando “prosumidores”, ou seja, produtores e consumidores de energia. Essa mudança é impulsionada pela busca por independência energética e proteção contra tarifas elevadas.
Além disso, a chegada dos carros elétricos pode aumentar o interesse pela geração de energia solar em residências. O armazenamento de energia em baterias é um desafio a ser superado, mas promete otimizar o uso da energia gerada, permitindo seu uso em períodos de menor incidência solar, como à noite.
Quais são os Desafios e Oportunidades para o Setor?
O setor de energia solar enfrenta desafios como a consolidação de empresas e a necessidade de soluções de armazenamento eficientes. No entanto, as oportunidades são vastas, especialmente com o aumento das fusões e aquisições no setor, que cresceram 76% em 2024.
Empresas como a Brasol e a Atlas Renewable Energy têm se destacado em aquisições de usinas, demonstrando o potencial de crescimento do mercado. Com a continuidade dos investimentos e a inovação tecnológica, a energia solar no Brasil está bem posicionada para se tornar uma das principais fontes de energia do país.