O mais recente levantamento da Austin Rating revelou o desempenho das economias globais no quarto trimestre de 2024 (4T24), destacando os países com maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Embora o Brasil não figure entre os líderes do ranking de expansão econômica, os dados apontam um crescimento moderado e desafios para manter o ritmo nos próximos anos.
O Brasil ficou atrás das economias emergentes do Sudeste Asiático, além da China e da Índia, na disputa pela atração de investimentos, fator crucial para o crescimento econômico. Segundo Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, “os investimentos são essenciais para evitar um ciclo vicioso e aproximar o país de um ciclo virtuoso de desenvolvimento”.
Desempenho do Brasil no 4T24
De acordo com o relatório, o Brasil registrou um crescimento de 3,6% no quarto trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o avanço foi de 0,2%, ficando abaixo da média global. Esse desempenho coloca o país atrás de economias emergentes como Índia e Taiwan.
Os números refletem um cenário de desafios econômicos internos, incluindo o impacto da política monetária, o desempenho do setor industrial e o ambiente fiscal.
Brasil no PIB global
O PIB brasileiro em 2024 foi de US$ 2,1 trilhões, representando cerca de 2% do PIB mundial. Para 2025, as projeções indicam um leve crescimento, com o PIB podendo atingir US$ 2,3 trilhões, mantendo a participação global praticamente estável.
Apesar do crescimento mais contido, o Brasil continua sendo um dos principais mercados da América Latina, mas distante das grandes potências econômicas como Estados Unidos e China, que representam, juntos, mais de 40% da economia mundial.
Expectativas para 2025
A Austin Rating aponta que o Brasil precisará enfrentar desafios estruturais para sustentar o crescimento em 2025 (projeção de 1,5%). A trajetória fiscal, a política monetária e a confiança dos investidores serão fatores determinantes para impulsionar a atividade econômica. Embora as previsões indiquem uma leve alta no PIB, o país ainda lida com incertezas no cenário político e econômico.
A expectativa é que o Brasil continue crescendo em um ritmo mais moderado em comparação a outras economias emergentes, mas o país pode se beneficiar de um ambiente global mais favorável e de ajustes internos que incentivem investimentos e produtividade.