O mercado financeiro brasileiro começou esta sexta-feira (21) em compasso de espera, com investidores atentos a declarações importantes que podem influenciar o rumo da economia nos próximos meses. O Ibovespa abriu o dia operando próximo à estabilidade, enquanto o dólar exibia leve alta diante de incertezas sobre tarifas dos Estados Unidos, geopolítica global e as decisões futuras do Federal Reserve (Fed).
Às 10h20, o Ibovespa opera em queda de 0,29%, cotado aos 127.235,93 pontos.
Ibovespa Futuro começa o dia estável: foco nas falas de Haddad e BC
As atenções do mercado estão voltadas para as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concedeu entrevista ao ICL Notícias às 9h, e do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, que participa de uma live do Bradesco BBI às 11h. O foco das discussões gira em torno das perspectivas para a política monetária e o mercado de câmbio em 2025.
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de uma cerimônia de assinatura de concessão de um terminal no Porto de Itaguaí (RJ), evento que também pode gerar repercussões no mercado, principalmente no setor de infraestrutura.
Dólar em leve alta: incertezas globais pesam no câmbio
O dólar à vista também começou o dia em alta moderada, subindo 0,11% às 9h08, sendo negociado a R$ 5,711 para compra e R$ 5,712 para venda. Apesar das incertezas no cenário global, a moeda americana acumula uma queda de 7,68% em 2025.
A volatilidade é impulsionada pelas incertezas sobre as tarifas comerciais dos Estados Unidos, as tensões geopolíticas na Europa e os futuros movimentos de juros do Federal Reserve (Fed). Na B3, o contrato futuro de dólar para março – o mais líquido no momento – subia 0,11%, a 5.719 pontos.
O Banco Central também deve realizar um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional nesta sexta-feira, com o objetivo de rolar o vencimento de operações previstas para 1º de abril de 2025, o que pode trazer algum alívio momentâneo para a pressão sobre o real.
Cenário internacional: incertezas na Europa e Ucrânia geram cautela
Além das expectativas domésticas, o mercado também está de olho nas eleições na Alemanha, marcadas para o próximo domingo, e nas negociações entre Estados Unidos e Rússia em busca de um possível cessar-fogo na Ucrânia. Esses fatores adicionam um componente extra de cautela às negociações internacionais e podem influenciar o humor dos investidores globais.