Os pedágios desempenham um papel crucial na manutenção das rodovias em muitos países, incluindo o Brasil. Originalmente concebido pela coroa portuguesa no século XVIII como um meio lucrativo durante a Rota dos Tropeiros, seu propósito evoluiu ao longo dos anos. Hoje, os pedágios são estabelecidos para financiar infraestrutura rodoviária e proporcionar segurança aos usuários das estradas.
Apesar de sua importância, o ato de não pagar pedágio tem implicações legais significativas. A legislação brasileira considera essa ação como uma infração grave de trânsito. Contudo, o mais intrigante é que, em muitos casos, a abordagem do infrator não ocorre diretamente, mas sim por meio da placa do veículo, o que traz desafios intrigantes para os proprietários, especialmente no caso de empresas de frotas.
Qual é a função dos pedágios no Brasil?
No Brasil, apenas uma pequena parte das estradas é administrada por pedágios. Dentre essas, a maioria é gerida por concessionárias privadas, que têm a responsabilidade de manter as condições das vias sob sua gestão. Além de melhorar a infraestrutura, o dinheiro arrecadado é utilizado para financiar outros serviços essenciais, como o socorro em emergências e assistência a motoristas.
Do ponto de vista econômico, os pedágios ajudam as localidades próximas ao gerar impostos que são revertidos para o desenvolvimento regional. Os principais estados com mais pedágios são São Paulo e Paraná, importantes polos de trânsito rodoviário.
Como é calculado o valor do pedágio?
O valor do pedágio no Brasil é baseado na tarifa quilométrica básica. Isso significa que o custo é proporcional ao trecho percorrido. O cálculo é feito multiplicando o valor fixo por quilômetro pela extensão da rodovia administrada pela concessionária, considerando variáveis como o tipo de veículo.
Existe uma distinção entre tarifas para carros de passeio, que são fixas, e para veículos comerciais, cobrados conforme o número de eixos. Essa abordagem busca uma cobrança justa e proporcional.
Quais são as consequências de evadir um pedágio?
A evasão de pedágio é considerada uma infração grave no Brasil e está sujeita a penalidades severas. Além da multa, que é significativa, o infrator recebe pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Esses pontos podem levar a consequências ainda mais graves, como a suspensão do direito de dirigir.
No entanto, um problema comum surge quando o veículo não é propriedade do infrator direto, como em empresas de frota. Nesses casos, a multa e os pontos são inicialmente direcionados ao proprietário registrado do veículo. Isso cria uma situação complicada para empresas, que podem arcar com multas adicionais se não identificarem corretamente o motorista infrator.
Como identificar o condutor infrator em empresas?

Quando o infrator não é identificado, aplica-se uma multa adicional conhecida como “multa NIC“ (não indicação de condutor). Para evitar essa penalidade, é essencial que o responsável pela frota indique rapidamente o motorista infrator ao órgão competente. A indicação deve ser acompanhada de documentação específica e respeitar prazos rigorosos.
Ao conscientizar e fiscalizar os funcionários sobre a importância do respeito à legislação de trânsito, as empresas podem minimizar os riscos e custos associados às infrações de evasão de pedágio.