No início de 2025, o estado de São Paulo verá novas regras em vigor referentes à isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para determinados veículos. Essas regras foram estabelecidas pela Lei 18.065, que visa promover a sustentabilidade e fortalecer a produção local. A isenção se aplica especificamente a ônibus e caminhões movidos a hidrogênio ou gás natural e veículos híbridos produzidos no estado.
Segundo o site Terra Brasil Notícias, essa iniciativa busca incentivar a utilização de tecnologias ecologicamente corretas, ao mesmo tempo que promove vantagens competitivas para fabricantes instalados em São Paulo. Contudo, as restrições geraram debates, já que nem todos os modelos populares no mercado brasileiro se qualificam para o benefício fiscal.
Qual é o alcance da isenção de IPVA?
A isenção do IPVA cobrirá um período específico, variando de acordo com o tipo de veículo. Para ônibus e caminhões que operam exclusivamente com hidrogênio ou gás natural, a isenção será válida de 1° de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2029. Esse longo período reflete a intenção de estimular o uso de combustíveis alternativos em veículos de grande porte.
No caso de veículos automotores híbridos, que funcionam com motores elétricos e a combustão usando etanol, a isenção será mais curta, durando até 31 de dezembro de 2026. Além disso, essa isenção é aplicável apenas a veículos cujo preço não exceda R$ 250.000,00, mostrando um incentivo focado também em determinado segmento do mercado.
Por que apenas veículos produzidos em São Paulo são beneficiados?
A escolha de limitar a isenção do IPVA a veículos fabricados em São Paulo seria uma estratégia de fortalecimento da indústria local. O governo paulista espera que essa medida encoraje mais investimentos e geração de empregos na região, direcionando o foco para empresas que já operam no estado. Entre essas, está a Toyota, cujos modelos como o Corolla e Corolla Cross se qualificam para o benefício.
Essa estratégia, entretanto, exclui modelos populares de outras marcas, como BYD e Fiat, que não possuem unidades fabris em São Paulo. Assim, a medida não apenas promove a indústria local, mas também desafia outras montadoras a considerar a produção na região para obter vantagens competitivas.
Quais são as respostas do mercado à nova lei?
A introdução desta nova legislação provocou reações variáveis entre as fabricantes de automóveis. A BYD, por exemplo, tomou a iniciativa de isentar seus veículos híbridos plug-in do IPVA quando adquiridos em janeiro de 2025. Esta abordagem visa atrair consumidores em um curto período, apesar de limitar as vantagens a um tempo restrito e a novos compradores.
O que isso significa para o futuro do setor automotivo?
As novas regras sobre o IPVA em São Paulo criam um ambiente de oportunidades e desafios. Por um lado, as montadoras que já operam no estado podem aproveitar a isenção para aumentar sua competitividade. Por outro, fabricantes que não têm produção local precisam revisar suas estratégias para manter a relevância no mercado brasileiro.
Para os consumidores paulistas, a decisão de compra futura envolverá considerar não apenas o custo, mas também os benefícios associados a veículos locais e sustentáveis. A localização da fabricação e o tipo de tecnologia utilizada passam a ser fatores decisivos em um cenário que promove inovação e sustentabilidade.
