O Ibovespa inicia esta terça-feira (11) em leve alta, alcançando os 125,8 mil pontos. O avanço do índice é impulsionado pelas ações da Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e grandes bancos, apesar do clima de cautela no mercado internacional devido às tarifas do governo dos Estados Unidos e à expectativa pelo depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao Congresso americano.
No cenário interno, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro ficou em 0,16%, abaixo da taxa de dezembro (0,52%). Esse foi o menor IPCA para um mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 4,83%, levemente acima das expectativas do mercado, que projetavam 0,14% para janeiro.
Dólar e juros reagem ao cenário econômico
O dólar comercial opera em alta, cotado a R$ 5,80, refletindo a expectativa dos investidores em relação às declarações de Powell e aos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que serão divulgados na quarta-feira. Enquanto isso, os juros futuros (DIs) recuam ao longo da curva, reagindo à divulgação do IPCA abaixo do esperado e à sinalização de um cenário de inflação mais contida.
Agenda política brasileira movimenta o dia
No Brasil, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se reúne às 14h com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para discutir temas econômicos e políticos. Em seguida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião com Haddad e outros ministros, incluindo Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), o que pode trazer novidades para a pauta econômica.
Mercados globais atentos ao Fed e à inflação nos EUA
Os índices futuros em Wall Street operam no vermelho nesta manhã, refletindo o nervosismo dos investidores antes da divulgação do CPI americano e do pronunciamento de Jerome Powell. O Dow Jones Futuro recua 0,12%, o S&P 500 perde 0,20% e o Nasdaq Futuro cai 0,42%. As falas do presidente do Fed poderão dar pistas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos, influenciando diretamente os mercados globais e a atratividade de investimentos em países emergentes, como o Brasil.