As franquias têm se consolidado como uma estratégia relevante no mercado brasileiro, oferecendo um modelo de negócios que combina suporte empresarial com a possibilidade de investimento escalável. Rafael Corte, CEO JAH Franchising (JAH Açaí e Sorvetes), compartilhou sua experiência em entrevista ao programa ‘O Varejista’, na BM&C News. Ele destacou a importância de transformar ideias em ações concretas. “Na planilha, tudo é fácil, mas a realidade exige adaptação e resiliência”, afirmou.
Aprendizados com fracassos empresariais
Durante sua trajetória, Rafael enfrentou desafios significativos, incluindo um investimento inicial que não trouxe retorno. Ele destacou que erros fazem parte do processo de aprendizado. “Transformar a ideia em prática é o que muda o jogo”, ressaltou. Esse período de dificuldades foi fundamental para moldar sua abordagem atual como gestor de uma rede com mais de 180 lojas.
A JAH Franchising (JAH Açaí e Sorvetes) opera em 14 estados brasileiros, com forte presença em Minas Gerais e São Paulo. Uma das inovações mencionadas foi o modelo de loja dentro de loja, que otimiza espaços comerciais. “Esse formato permite que pequenos restaurantes ou comércios integrem nosso modelo de self-service com facilidade”, explicou Rafael.
Setores promissores para investimento
Segundo Rafael, setores como saúde, bem-estar e beleza oferecem grandes oportunidades, especialmente em nichos com altos valores agregados. Ele também destacou o potencial do mercado de alimentação, mas com a ressalva de que margens estão cada vez mais apertadas. “Produtos e serviços que entregam alto valor agregado são fundamentais para se destacar”, disse.
O mercado de franquias no Brasil ainda enfrenta dificuldades, como a transparência na relação entre franqueadores e franqueados. Rafael alertou: “Muitos franqueadores vendem sonhos sem preparar o franqueado para a realidade”. Ele defendeu a importância de suporte operacional e de uma relação baseada em confiança.
Reinaldo Donadio, especialista em inovação, também participou da conversa, destacando a relevância de uma cultura organizacional aberta ao erro. “Inovação requer colaboração e tolerância ao erro. Sem isso, empresas se tornam estagnadas”, afirmou. Ele também ressaltou que problemas e soluções são semelhantes em empresas de diferentes tamanhos, mudando apenas a escala.