O polimetilmetacrilato, conhecido pela sigla PMMA, é um material plástico amplamente utilizado em várias indústrias, incluindo a área da saúde. No entanto, seu uso em procedimentos estéticos tem levantado preocupações significativas no Brasil. O Conselho Federal de Medicina (CFM) recentemente encaminhou à Anvisa um pedido para proibir o uso dessa substância nesses procedimentos devido a seus potenciais riscos à saúde.
O PMMA ganhou popularidade no setor estético como um preenchedor para uso subcutâneo. No entanto, reações adversas graves, incluindo mortes, foram associadas ao seu uso indiscriminado. Autoridades e instituições médicas destacam a importância de uma regulamentação rigorosa para minimizar os riscos e proteger a saúde pública.
Como o PMMA é Utilizado em Procedimentos Médicos?
No contexto médico, o PMMA é utilizado principalmente para dois tipos de correções: a lipodistrofia associada ao tratamento de HIV/AIDS e irregularidades volumétricas faciais e corporais. O produto é aplicado com o objetivo de preencher áreas com depressões ou assimetrias, numa técnica conhecida como bioplastia.
Para uso seguro, a Anvisa exige que o PMMA seja aplicado apenas em quantidades controladas e por profissionais treinados e devidamente habilitados. Apesar dessas regulamentações, práticas inadequadas observadas no Brasil levantaram preocupações, especialmente quando a substância é manipulada por profissionais não médicos para fins estéticos, contrariando as diretrizes vigentes.
Por Que o PMMA Pode Ser Perigoso?
O uso indiscriminado de polimetilmetacrilato envolve riscos significativos. A principal questão é a aplicação em grandes volumes, não recomendados pelo produto. Usar o PMMA em áreas como os glúteos, especialmente em doses elevadas, pode levar a complicações sérias, incluindo inflamações dolorosas e reações adversas prolongadas ou permanentes.
Especialistas médicos apontam que, embora o PMMA possa ser útil em certas aplicações, sua segurança é questionável quando utilizado de forma inadequada. Com a disponibilidade de tecnologias mais novas e seguras, como o ácido polilático e a hidroxiapatita de cálcio, que oferecem melhores perfis de segurança, a escolha mais prudente destaca a necessidade de considerar alternativas mais seguras em tratamentos estéticos.
Quais são as Implicações do Pedido de Proibição à Anvisa?

A solicitação do CFM para a Anvisa de proibir o uso do PMMA em procedimentos estéticos está sendo avaliada. O pedido está apoiado por associações renomadas, como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e a Sociedade Brasileira de Dermatologia, que enfatizam que o material não deve ser utilizado em situações repletas de riscos.
Essa análise é fundamental para alinhar as práticas em saúde com os padrões internacionais que priorizam a segurança dos pacientes. Implementar regulamentações coerentes e efetivas pode ajudar a mitigar o risco de complicações graves e proteger a saúde e bem-estar dos pacientes no Brasil.
Alternativas Mais Seguras ao Uso do PMMA em Procedimentos Estéticos
Diante dos riscos associados ao uso do PMMA, profissionais da saúde estão recorrendo a substâncias alternativas com melhor segurança e eficácia para tratar condições anteriormente abordadas com o PMMA. Estes incluem:
- Ácido polilático: Este é frequentemente usado em tratamentos de preenchimento devido à sua capacidade estimulante de colágeno, resultando em um efeito mais natural.
- Hidroxiapatita de cálcio: Muito utilizado para correção de rugas faciais e restauração volumétrica devido à sua biocompatibilidade.
- Lipoenxertia autóloga: Este método utiliza a própria gordura do paciente, reduzindo o risco de rejeição e complicações.
A incorporação dessas alternativas em práticas médicas ressalta a evolução contínua em tratamentos de preenchimento, priorizando soluções que equilibram inovação com segurança e eficácia comprovada.