No Brasil atual, onde o cartão de crédito é amplamente utilizado, os riscos de fraudes financeiras estão em constante ascensão. Cerca de 42% dos brasileiros já caíram em fraudes, segundo o “Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024” da Serasa Experian. Esse dado alarmante sublinha a importância de aumentar a conscientização sobre segurança digital, especialmente na era da informação.
Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o Serviço de Proteção ao Crédito, em colaboração com o Sebrae, revelou que 8,4 milhões de consumidores foram vítimas de fraudes em instituições financeiras no último ano. A clonagem de cartões de crédito e débito é o golpe mais comum, o que reforça a necessidade de medidas preventivas robustas.
Por Que Muitos Brasileiros Subestimam o Risco?
A segurança digital ainda é vista de forma negligente por muitos no Brasil. Mesmo com aproximadamente 70% da população possuindo três ou mais cartões de crédito, a percepção de risco em relação à segurança de seus dados pessoais ainda é baixa. De fato, quase 69% dos brasileiros ainda subestimam os perigos de compartilhar suas informações financeiras em plataformas online. Essa falta de percepção torna enormes parcelas da população vulneráveis a ataques cibernéticos.
Quais Iniciativas Estão Tornando o Ambiente Digital Mais Seguro?
Em resposta à crescente ameaça de fraudes, novas iniciativas e tecnologias estão emergindo para fortalecer a segurança digital. A PCI Security Standards Council, uma organização global, apresentou diretrizes renovadas para melhorar os padrões de segurança das empresas que lidam com dados de pagamento. Essas diretrizes são essenciais para proteger o fluxo de informações sensíveis, desde o armazenamento até a transmissão.
O Padrão de Segurança de Dados do Setor de Cartões de Pagamento (PCI DSS) se atualizou para abordar as ameaças em evolução. Seus requisitos abrangem práticas desde o armazenamento seguro dos dados até o controle de acessos não autorizados. Além disso, novas tecnologias de gerenciamento de segurança em aplicações, como a plataforma ASPM da Conviso, permitem que as empresas centralizem e priorizem a segurança de forma contínua.

Como as Empresas Podem Melhorar sua Segurança Digital?
Muitas organizações ainda adotam uma postura reativa em relação à segurança de seus sistemas, priorizando o tema apenas após incidentes de segurança. Essa abordagem pode resultar em prejuízos financeiros e danos à reputação que, muitas vezes, são evitáveis. Incorporar a segurança em todas as etapas do desenvolvimento de aplicativos, desde a concepção até a entrega, é crucial para prevenir tais incidentes.
Empresas são encorajadas a adotar práticas de Segurança de Aplicações para incorporar medidas preventivas em cada fase do ciclo de vida de desenvolvimento de software. Isso não apenas mitiga riscos potenciais, mas também é mais econômico do que remediar danos após um ataque, conforme afirmam especialistas em segurança.
Quais São os Requisitos do PCI DSS 4.0?
- Instalar e manter um firewall seguro.
- Eliminar configurações padrão do fornecedor.
- Proteger os dados dos titulares de cartão.
- Criptografar a transmissão de dados sensíveis.
- Atualizar o software antivírus regularmente.
- Desenvolver e manter sistemas e aplicativos seguros.
- Restringir o acesso a dados conforme necessário.
- Atribuir identificações exclusivas para acesso de usuários.
- Restringir o acesso físico aos dados do cartão.
- Monitorar e registrar o acesso à rede.
- Testar continuamente processos e sistemas para identificar vulnerabilidades.
- Desenvolver e manter políticas de segurança de informações.
A implementação eficaz dessas medidas não apenas melhora a segurança das transações, mas também potencializa a confiança dos consumidores no mercado digital. Espera-se que o mercado de segurança de aplicações cresça significativamente, destacando a relevância deste investimento em um futuro próximo.