Receber uma multa de trânsito é um incômodo comum para muitos motoristas. Enquanto alguns buscam formas de evitar o pagamento, outros se perguntam se é possível que a multa prescreva com o tempo. A prescrição de multas pode representar uma vantagem significativa para os condutores, entretanto, é crucial compreender as nuances legais que envolvem essa questão.
A prescrição de uma multa ocorre quando a dívida associada a ela perde a validade legal. Isso significa que o cobrador perde o direito de exigir o pagamento, e o devedor não é mais obrigado a quitá-la. Contudo, o Código de Trânsito Brasileiro não determina um prazo específico para prescrição de multas. Essa lacuna é preenchida pela Resolução n° 619/2016 do Conselho Nacional de Trânsito, que estabelece um prazo de 5 anos.
Como Funciona a Prescrição de Multas de Trânsito?
Para ilustrar como funciona a prescrição, considere um motorista autuado em 5 de agosto de 2022. O órgão responsável tem até 5 de agosto de 2027 para cobrar a multa. Após esse período, se a cobrança não for efetuada, o direito de exigir o pagamento prescreve. Portanto, é essencial que os órgãos autuadores mantenham a continuidade dos processos administrativos para evitar a perda do direito de cobrança.
É importante notar que a prescrição de multas se aplica apenas se o processo permanecer inativo por um período prolongado. Caso haja movimentações administrativas como notificações ou tentativas de cobrança, o prazo pode ser interrompido.
Qual o prazo de prescrição de multa?
Segundo a legislação que trata do assunto no âmbito estadual, o auto de infração e suas respectivas penalidades prescrevem em cinco anos, a partir da data em que a infração foi cometida.
Como saber se a multa está prescrita?
Você pode acompanhar o andamento do processo acessando o site do DETRAN do seu estado, normalmente basta inserir a placa e o RENAVAM do veículo para realizar a consulta.
O Que Fazer se a Multa de Trânsito Não Prescrever?
No caso de notificação recebida e não paga, o órgão responsável, geralmente o Detran ou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), tem um prazo de 5 anos para efetuar as cobranças. Se isso não ocorrer, o proprietário do veículo pode solicitar a prescrição, desde que seu CPF não esteja na Dívida Ativa. A Dívida Ativa é um mecanismo utilizado pelas autoridades para monitorar inadimplências significativas.
Quando o nome do devedor entra na Dívida Ativa, isso pode acarretar graves consequências, como dificuldade em obter crédito e restrições bancárias. Portanto, é prudente que o motorista monitore o processo através do site do Detran ou por contato direto com o órgão.
Quais as Consequências de Estar na Dívida Ativa?
Ser inscrito na Dívida Ativa traz diversas dificuldades. Além de complicações para a restituição do imposto de renda, pode-se enfrentar barreiras na abertura de contas bancárias e praticamente impossibilidade de conseguir crédito no mercado. O acúmulo de juros e encargos tornam essa situação ainda mais desfavorável para o infrator.
Em casos de multas emitidas pela PRF, é possível preencher um requerimento específico disponível no site da instituição, sendo necessário apresentá-lo pessoalmente para solicitar a prescrição.
Como Agir Para Evitar Problemas com Multas de Trânsito?
Pagar a multa é uma responsabilidade do cidadão. No entanto, se houver algum erro na notificação ou procedimento, o motorista tem o direito de contestar a multa com o auxílio de profissionais qualificados. Não pagar uma multa pode resultar em grandes complicações futuras, pois o nome na Dívida Ativa pode impactar a vida pessoal e financeira de maneira significativa.
Conhecer o processo, seus direitos e as obrigações é fundamental para evitar prejuízos desnecessários. Caso o órgão responsável cometa erros ou não cumpra os prazos adequadamente, o motorista tem bases legais para recorrer.