Em dezembro de 2024, a tempestade subtropical Biguá chamou atenção ao se formar no extremo sul do Rio Grande do Sul. Este fenômeno meteorológico, distinto por ser alimentado por águas quentes do oceano sem a presença de uma frente fria, provocou impactos significativos na região. Este ciclone não era o primeiro a ocorrer na costa brasileira, mas suas características e consequências se destacaram, atraindo a atenção de meteorologistas e moradores locais.
Impacto da Tempestade Subtropical Biguá no Sul do Brasil
Localizado no litoral sul do estado gaúcho, o Biguá foi monitorado pelo satélite meteorológico Goes 16, que detectou a área de nuvens com movimento circular marcante. A formação do ciclone trouxe chuvas e ventos fortes, que impactaram diversas cidades do Rio Grande do Sul, gerando preocupações entre a população e as autoridades locais.
Quais Foram as Condições Meteorológicas da Tempestade Biguá?
No dia 15 de dezembro, análises realizadas pela Marinha do Brasil indicavam que o centro da tempestade possuía uma pressão atmosférica de 998 hPa. Esta condição meteorológica causou chuvas moderadas e ventos intensos em várias localidades. Entre as regiões mais afetadas, estava a cidade de Pelotas, onde rajadas de vento chegaram a 81 km/h. Já em São Lourenço do Sul, os ventos atingiram 85 km/h, enquanto Porto Alegre registrou 83 km/h.
As ventanias provocadas pela tempestade não se restringiram apenas a essas áreas. Outros municípios apresentaram registros consideráveis de ventos, evidenciando a abrangência do fenômeno e os riscos associados a ele.
Registros de Ventos Fortes no Rio Grande do Sul
- Porto Alegre: 83 km/h
- Pelotas: 63 km/h
- Bagé: 52 km/h
- Canguçu: 82 km/h
- Caçapava do Sul: 70 km/h
- Rio Pardo: 68 km/h
- Jaguarão: 67 km/h
- Capão do Leão (Pelotas): 63 km/h
- Teutônia: 61 km/h
- Porto Alegre – Jardim Botânico: 56 km/h
- Porto Alegre – Belém Novo: 56 km/h
- Camaquã: 55 km/h
- Encruzilhada do Sul: 55 km/h
- Soledade: 55 km/h
- Cambará do Sul: 54 km/h
- Dom Pedrito: 54 km/h
- Lagoa Vermelha: 54 km/h
- Vacaria: 53 km/h
Como o Biguá Afetou Outras Regiões do Brasil?
A tempestade subtropical Biguá também causou efeitos fora do Rio Grande do Sul, atingindo estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Nessas regiões, os ventos foram moderados a fortes, levando a medidas preventivas de segurança e monitoramento meteorológico intensificado.
Embora a previsão meteorológica indicasse um enfraquecimento da tempestade para a tarde de domingo, o sistema ainda se manteve relevante. Foram aguardados ventos significativos, particularmente na costa gaúcha, o que levou as autoridades a manterem alerta e precauções ativas.