O mercado de trabalho dos Estados Unidos criou 227 mil vagas em novembro, acima da previsão de 200 mil estimada por economistas. Os dados fazem parte do relatório de emprego (Payroll), divulgado nesta sexta-feira (6), e reforçam o cenário de resiliência econômica no país. A taxa de desemprego ficou em 4,2%, conforme o esperado, indicando estabilidade no mercado de trabalho.
Outro destaque do relatório foi o aumento do salário médio por hora, que subiu 0,37% em novembro, superando o consenso de +0,3%. Na comparação anual, o avanço foi de 4,03%, também acima da projeção de +3,9%. Os números indicam uma pressão positiva sobre os rendimentos dos trabalhadores, mesmo em um ambiente de inflação persistente.
Opinião Gustavo Cruz
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, avaliou o relatório de emprego como consistente com as expectativas do mercado. “O Payroll veio um pouco acima do esperado, mas isso já era previsto, considerando os ajustes feitos nos dados de outubro, que foram impactados por fatores transitórios, como greves e furacões. O especialista destacou que o dado mais relevante, que é o salário médio por hora veio em linha com as projeções: “O crescimento de salários, que era o dado mais relevante, veio em linha com as projeções, o que deve reforçar a percepção de que o Federal Reserve manterá sua trajetória de cortes moderados na taxa de juros, sem grandes alterações na política monetária no curto prazo“, comentou Cruz. Ele também destacou que não há motivos para se preocupar por enquanto “acredito que por enquanto, sem nada para se alarmar, ou achar que isso vai atrapalhar os planos do Banco Central Norte-Americano“.
Opinião Maykon Douglas
Já economista Maykon Douglas avalia que os números do mercado de trabalho americano continuam demonstrando resiliência, com uma criação robusta de empregos e salários em ritmo considerável. Segundo ele, “esses fatores, somados aos riscos potenciais das políticas econômicas do governo Trump, podem levar o Federal Reserve a adotar uma abordagem mais cautelosa nos cortes de juros previstos para 2025“. No entanto, Douglas destaca que o Fed parece inclinado a realizar mais um corte na taxa de juros na reunião de dezembro, em vez de optar por uma pausa, especialmente diante da leve alta no desemprego, que, na margem, reforça essa possibilidade.