A semana foi marcada por forte volatilidade nos mercados financeiros globais, com investidores atentos a indicadores econômicos e movimentos políticos tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Nos Estados Unidos, os dados sobre o mercado de trabalho chamaram a atenção, começando pelo relatório ADP e culminando com o tão esperado payroll, divulgado nesta sexta-feira. Os números reforçam as expectativas de que o Federal Reserve possa cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião.
Apesar desse otimismo moderado, o mercado continua monitorando os riscos inflacionários, que, segundo o Livro Bege, estão sob controle. No entanto, outra preocupação paira sobre os investidores: as potenciais taxações comerciais anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump, que podem impactar o comércio global e a estabilidade econômica de diversos países.
No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador. A falta de progresso em projetos de corte de gastos no Congresso Nacional trouxe pessimismo ao mercado. Com apenas duas pautas do projeto sendo retomadas pela Câmara, os investidores se mostraram cautelosos. O impacto foi imediato: a bolsa de valores apresentou queda significativa, enquanto o dólar atingiu um novo recorde histórico no intraday, sinalizando a pressão sobre o câmbio.
Segundo Marco Prado, apresentador do Pre-Market, “a falta de avanço nas pautas de cortes de gastos e o cenário externo mais instável contribuíram para a deterioração do mercado local. O dólar disparou, e a bolsa segue sentindo o peso das incertezas”.
O mercado global agora aguarda os desdobramentos das decisões do Federal Reserve e a evolução do cenário fiscal brasileiro, ambos fatores determinantes para a trajetória econômica em 2025.