O Ibovespa começou esta quinta-feira (5) em leve alta, destoando do comportamento de mercados internacionais. O otimismo do mercado reflete, em parte, os comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e os desdobramentos acelerados no pacote fiscal brasileiro.
Powell destacou, na véspera, que a economia dos Estados Unidos está mais resiliente do que o esperado. Segundo ele, a força do mercado permite ao Federal Reserve manter uma postura cautelosa nos cortes de juros, ajustando as decisões à evolução dos dados econômicos. Essa fala foi vista como um alívio para investidores preocupados com movimentos bruscos de política monetária.
Às 10h30, o Ibovespa opera em alta de 1,19%, cotado aos 127.584,74 pontos.
Aceleração do pacote fiscal eleva expectativas no Brasil
No cenário doméstico, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (4) o regime de urgência para duas propostas do pacote fiscal do governo federal. Essa decisão elimina prazos regimentais e promete acelerar o andamento do pacote de corte de gastos, que é considerado essencial para a manutenção da credibilidade fiscal do Brasil.
Essa movimentação no Congresso, combinada com a leitura positiva das palavras de Powell, trouxe alívio aos investidores. Eles aguardam atentamente os próximos passos das propostas no Legislativo, já que as medidas podem afetar diretamente a trajetória da dívida pública e o apetite por investimentos no país.
Como o mercado está reagindo?
O Ibovespa Futuro, que reflete as expectativas do mercado para o principal índice de ações da bolsa brasileira, opera com ligeira alta nesta manhã. Enquanto isso, o exterior segue pressionado, com investidores globais reagindo à incerteza sobre as próximas decisões monetárias e econômicas nos Estados Unidos e Europa.
Especialistas destacam que o desempenho positivo do Ibovespa Futuro nesta quinta-feira demonstra a resiliência do mercado brasileiro diante das turbulências externas. “Com o avanço do pacote fiscal no Congresso, investidores enxergam maior potencial para estabilizar as contas públicas, o que pode atrair novos aportes de capital”, comentam analistas.