O Ibovespa iniciou esta sexta-feira (29) em alta, mas virou para queda, recuperando parte das perdas registradas na véspera, quando o índice à vista caiu mais de 2%, o dólar se aproximou dos R$ 6,00 e os juros futuros dispararam. A reação negativa dos investidores foi alimentada pelas medidas fiscais anunciadas pelo governo, que incluem a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para até R$ 5 mil mensais a partir de 2026, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Às 10h15, o Ibovespa opera em queda de 0,22%, cotado aos 124,202.72 pontos
Medidas fiscais elevam incertezas no mercado financeiro
Os agentes financeiros demonstraram preocupação com o impacto das novas medidas fiscais na trajetória das contas públicas, o que aumentou a volatilidade nos ativos de risco. O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência da autoridade monetária em 2025, reforçou que juros mais altos por mais tempo podem ser necessários para conter as expectativas de inflação. Essa sinalização gerou ajustes adicionais nas taxas futuras e renovou as incertezas no mercado.
Haddad e Galípolo: encontros estratégicos na agenda do dia
No calendário econômico desta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e membros do Banco Central, incluindo Gabriel Galípolo, participam de um almoço promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). O encontro ocorre em meio ao anúncio das novas diretrizes fiscais e às declarações que mantêm o mercado em alerta.
Dívida pública sobe e reforça desafios para 2024
Além das movimentações no mercado, o Banco Central divulgou nesta sexta-feira que a dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB subiu para 78,6% em outubro, acima dos 78,2% registrados em setembro. Este dado reforça os desafios fiscais do país para os próximos anos e amplia o debate sobre a sustentabilidade das contas públicas.