O dólar comercial atingiu recordes históricos ao longo das últimas décadas, refletindo períodos de turbulências econômicas globais e incertezas no cenário doméstico. O maior valor de fechamento já registrado foi em 27 de novembro de 2024, quando a moeda americana chegou a R$ 5,916. Esse valor superou o pico anterior, observado durante a pandemia de COVID-19, em 13 de maio de 2020, quando fechou a R$ 5,915. Um levantamento feito pela Quantum Finance aponta quais foram os maiores fechamentos da moeda americana.
Os Maiores Recordes
Os cinco maiores valores de fechamento do dólar foram registrados em momentos de alta volatilidade. Veja os destaques:
- R$ 5,916 – 27 de novembro de 2024
- R$ 5,915 – 13 de maio de 2020
- R$ 5,870 – 1º de novembro de 2024
- R$ 5,862 – 12 de maio de 2020
- R$ 5,858 – 7 de maio de 2020
Fatores que Influenciaram os Picos
Os recordes históricos do dólar foram influenciados por fatores econômicos e políticos. Durante a pandemia de COVID-19, a fuga de capitais para ativos seguros, combinada com a incerteza global, enfraqueceu o real. Já em 2024, a pressão cambial decorreu de um cenário global instável, marcado por juros elevados nos Estados Unidos e desafios fiscais no Brasil.
“A alta do dólar está diretamente ligada à combinação de um ambiente global avesso ao risco e à falta de confiança na política fiscal brasileira”, explicou um economista.
Impactos na Economia Brasileira
Os altos patamares do dólar geram impactos significativos, como o aumento nos preços de produtos importados e combustíveis, além de pressão inflacionária. Esses movimentos muitas vezes levam o Banco Central a rever sua política monetária, buscando conter os efeitos negativos sobre a economia.
Perspectivas
Especialistas apontam que o fortalecimento do real depende de um compromisso mais sólido com reformas estruturais e a redução das incertezas políticas e fiscais. No cenário externo, o comportamento do dólar seguirá atrelado às decisões do Federal Reserve e à recuperação das grandes economias globais.