A semana que se inicia nesta segunda-feira (18) traz uma série de eventos econômicos que prometem movimentar os mercados globais, tanto no cenário doméstico quanto internacional. Indicadores de confiança, dados de produção industrial e decisões de política monetária estarão no radar de investidores e analistas.
Desempenho dos mercados financeiros
Na semana anterior, o dólar comercial registrou alta de 0,91%. Nos Estados Unidos, os principais índices de ações caíram: o Dow Jones, S&P 500, Nasdaq e o Russell 2000 recuaram 1,24%, 2,08%, 3,15% e 4,17%, respectivamente. Na Europa, Londres e Paris registraram quedas de 0,11% e 0,94%, enquanto Frankfurt subiu 0,02%.
Os preços do petróleo também recuaram na semana, com o WTI cedendo 4,7% e o Brent, 3,8%. No mercado de metais, o ouro para dezembro na NY/Comex caiu 4,55%, e o cobre para dezembro recuou 5,60%. Em Londres, o cobre com vencimento de três meses fechou em queda de 4,88%, abaixo de US$ 9.000 a tonelada.
Movimentações na B3 e fluxo de investimentos
Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 156,8 milhões na B3 em 12 de novembro. Entretanto, o saldo acumulado do mês ainda é negativo, com retirada líquida de R$ 534,6 milhões. No ano, a saída acumulada é de R$ 31,3 bilhões, refletindo a cautela dos investidores em meio às incertezas econômicas.
Destaques econômicos internacionais
No México, o Banco Central (Banxico) cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, passando de 10,50% para 10,25%. A decisão foi unânime, e os analistas acompanham os efeitos dessa medida na economia do país.
Na China, os dados de outubro mostraram que a produção industrial cresceu 5,3% em base anualizada. As vendas no varejo avançaram 4,8% no mesmo mês, e o investimento em ativos fixos aumentou 3,4% de janeiro a outubro de 2024.
O Japão divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) expandiu-se 0,9% em taxa anualizada no terceiro trimestre (julho a setembro), indicando uma recuperação moderada da economia.
Reino Unido e desaceleração econômica
No Reino Unido, o PIB apresentou uma queda de 0,1% em termos mensais em setembro. No acumulado do terceiro trimestre, o crescimento desacelerou, refletindo os desafios enfrentados pela economia britânica em meio às condições econômicas globais.
Expectativas para os próximos dias
A semana promete uma agenda um pouco mais tranquila em comparação às semanas anteriores. Francisco Alves, operador de mercado, ressaltou: “Temos uma agenda essa semana um pouco mais tranquila, um pouco mais calma em relação às últimas duas semanas. Essa semana intermediária, de virada de quinzena a meio de mês, nós temos alguns dados importantes a serem divulgados, mais para o meio da semana.”
Outro ponto de atenção é o encontro do G20, que será realizado no Brasil nesta segunda e terça-feira, dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Sobre o evento, Francisco Alves comentou: “G20 no Brasil, segunda e terça-feira, dias 18 e 19, portanto, importante evento no Rio de Janeiro, e a expectativa é com a possibilidade da divulgação e dos cortes dos gastos através das autoridades aí do nosso ministro da Fazenda.”
Os mercados seguem atentos às divulgações e aos impactos que essas atualizações podem ter nos próximos dias, especialmente em relação à política fiscal e aos cortes de gastos que só serão anunciados após o encontro do G20.