A saúde ocular é crucial para diabéticos, e exames oftalmológicos regulares são recomendados desde o diagnóstico. A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes que pode afetar a retina, levando a edemas e, eventualmente, à cegueira se não for tratada adequadamente. Alterações nos pequenos vasos da retina podem provocar hemorragias e microaneurismas, destacando a importância do controle da glicemia para prevenir progressões mais graves.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), a diabetes é uma condição que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros. Aproximadamente 40% dos diabéticos são afetados por complicações oculares, conforme a Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Qual a relação entre as complicações oculares e o diabetes?
A relação entre diabetes e complicações oculares é direta e preocupante. O excesso de açúcar no sangue, característico do diabetes, causa danos aos vasos sanguíneos por todo o corpo, incluindo os pequenos vasos da retina, a parte do olho responsável pela formação das imagens.
Como o diabetes afeta a visão:
- Retinopatia diabética: é a principal complicação ocular do diabetes. O excesso de açúcar danifica os vasos sanguíneos da retina, causando:
- Microaneurismas: pequenos inchaços nos vasos que podem vazar líquido ou sangue.
- Hemorragias: sangramentos que podem causar manchas escuras na visão.
- Exsudatos: acúmulo de gordura e proteína que podem distorcer a visão.
- Neovascularização: crescimento de novos vasos sanguíneos anormais que podem causar hemorragias e levar à perda da visão.
- Glaucoma: o diabetes aumenta o risco de glaucoma, uma doença que causa aumento da pressão dentro do olho e pode danificar o nervo óptico.
- Catarata: diabéticos têm maior probabilidade de desenvolver catarata, uma opacificação do cristalino que causa embaçamento da visão.
Quais são os sintomas iniciais da retinopatia diabética?
A retinopatia diabética pode ser assintomática nos estágios iniciais, mas eventualmente sintomas como vista embaçada, manchas escuras flutuantes e perda progressiva da visão podem surgir. Infelizmente, quando estes sinais se tornam evidentes, a doença frequentemente já está em estágio avançado.
O diagnóstico precoce é essencial para a prevenção de complicações mais sérias. Controlar a glicemia é fundamental para evitar o avanço da doença, além de manter uma vigilância constante através de exames oftalmológicos regulares, focando especialmente em mudanças na retina.
Como é feito o tratamento da retinopatia diabética?
O tratamento da retinopatia diabética se baseia em dois pilares essenciais. O primeiro pilar é o controle metabólico do diabetes e suas comorbidades, como hipertensão e obesidade. Um bom controle das condições associadas pode influenciar significativamente o curso da retinopatia.
O segundo pilar envolve o tratamento direto das alterações na retina. Em estágios avançados, pode-se necessitar de intervenções cirúrgicas mais complexas, como a vitrectomia, e o uso de terapias a laser ou injeções intraoculares pode ser recomendado. É importante abordar as alterações oculares tão logo sejam detectadas, para deter a progressão da doença antes que complicações mais severas ocorram.
Como prevenir?
A prevenção é a chave para lidar eficazmente com a retinopatia diabética. A realização de exames periódicos com um oftalmologista, preferencialmente um especialista em retina, é crucial, especialmente após o diagnóstico inicial do diabetes. O tratamento precoce de quaisquer alterações oculares detectadas pode prevenir a escalada para estágios mais severos da doença.
Além disso, adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, contribui para o controle dos níveis de glicose no sangue. Manter hábitos saudáveis não apenas ajuda a prevenir a retinopatia diabética, mas também melhora a qualidade de vida geral dos pacientes diabéticos.
Para mais informações:
- Retina Brasil: https://retinabrasil.org.br/doencas/retinopatiadiabetica/
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