O crescente interesse por **Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)** tem levado muitos investidores a perguntarem quantos desses fundos deveriam compor suas carteiras a longo prazo. Com um número crescente de FIIs listados na B3, que já soma mais de 465 no início de 2024, escolher a quantidade ideal de fundos para investimento pode ser um desafio. No entanto, uma carteira bem diversificada é crucial para minimizar riscos e maximizar retornos.
Para aqueles que visam o longo prazo, incluir no mínimo entre 7 a 10 FIIs de diferentes categorias, como FIIs de tijolo, papel, FoFs (Fundos de Fundos) e Fiagros, pode ajudar a alcançar uma diversificação eficaz. Entretanto, esse número ideal pode variar conforme o perfil de risco e os objetivos financeiros de cada investidor, além dos valores investidos.
Por Que a Diversificação É Importante?
A diversificação é um conceito fundamental na construção de qualquer carteira de investimentos. Ela se baseia na ideia de não colocar “todos os ovos na mesma cesta”, alocando ativos em diferentes classes e setores para distribuir o risco. Assim, mesmo que um ou mais ativos sofram variações negativas, o impacto sobre o patrimônio total do investidor será mitigado.
No contexto dos FIIs, uma estratégia de diversificação pode ocorrer em duas frentes: macro-alocações e micro-alocações. A macro-alocação envolve decidir qual percentual do portfólio deve ser investido em cada tipo de FII, enquanto a micro-alocação se refere à seleção específica de cada fundo dentro das categorias escolhidas.
Quantos FIIs Incluir na Carteira?
Uma pergunta comum entre investidores é: qual é o número ideal de FIIs a ter na carteira? Embora não exista uma resposta definitiva, recomenda-se que uma carteira diversificada inclua entre sete e dez FIIs com características variadas. Este número pode aumentar ou diminuir conforme a tolerância ao risco, os objetivos de investimento e o tempo dedicado ao acompanhamento dos ativos.
- FIIs de Tijolo: Investimentos focados em imóveis físicos, como galpões e escritórios.
- FIIs de Papel: Aplicações em títulos e valores do setor imobiliário, como CRIs e LCIs.
- FoFs: Fundos que investem em cotas de outros fundos imobiliários, oferecendo diversificação dentro de um único investimento.
- Fiagros: FIIs voltados para o setor do agronegócio e ativos relacionados.
Como Gerenciar Riscos em FIIs?
Investir em FIIs, como qualquer outro tipo de investimento, envolve riscos que precisam ser geridos com atenção. Entre os tipos de riscos, destacam-se os sistêmicos, que afetam o mercado como um todo, e os não-sistêmicos, que impactam setores ou ativos específicos. Diversificar entre diferentes tipos de FIIs e setores é uma maneira eficaz de mitigar esses riscos.

A composição de uma carteira de FIIs deve considerar influências externas, como mudanças econômicas e políticas. Além disso, a alocação por classes de ativos, como FIIs de diferentes categorias e regiões, é essencial para reduzir a correlação entre investimentos e, portanto, o risco geral da carteira.
Quais Fatores Considerar na Escolha de FIIs?
A escolha de FIIs para uma carteira de longo prazo deve ser guiada por vários fatores. Em primeiro lugar, compreender a relação risco-retorno é chave: fundos mais consolidados tendem a oferecer estabilidade, enquanto fundos com maior potencial de retorno podem apresentar maior volatilidade.
Investidores devem também considerar o tamanho do patrimônio de um fundo, a diversidade de imóveis ou ativos que compõem o portfólio do FII, e a robustez financeira. Além disso, o acompanhamento regular de relatórios e a análise contínua de sua performance são vitais para ajustamentos estratégicos quando necessário.
Considerações Finais
Definir a quantidade ideal de FIIs numa carteira é um exercício de equilibrar objetivos financeiros individuais com a estratégia de diversificação e gestão de risco. A diversificação entre diferentes tipos e categorias de FIIs, combinada com um acompanhamento diligente, pode contribuir significativamente para a formação de um portfólio robusto e bem posicionado para o crescimento a longo prazo.
Assim, entender sua própria tolerância ao risco e metas financeiras será crucial para determinar a quantidade e a variedade de FIIs em sua carteira de investimentos.