As vendas no varejo brasileiro apresentaram um avanço de 0,5% em setembro, acumulando um crescimento de 4,8% no ano. O destaque foi o varejo ampliado, que mostrou uma alta de 1,8%, impulsionada principalmente pelo aumento expressivo de 6,6% nas vendas de veículos e de 1,1% nos materiais de construção.
Apesar do crescimento registrado, o consumo permanece focado em bens de primeira necessidade. Isso reflete uma mudança no comportamento dos consumidores, que têm priorizado itens essenciais, em contraste com a retração nas atividades de consumo discricionário. Esse fenômeno revela que, embora o mercado de trabalho esteja aquecido, com níveis recordes de ocupação, o aumento da renda familiar está sendo direcionado para outras necessidades.
A baixa performance de setores voltados para consumo discricionário é um indicativo de que a demanda por produtos não essenciais ainda não se recuperou com força total. Essa tendência sugere que, mesmo com o crescimento econômico e o aumento da renda disponível, as famílias estão priorizando gastos com bens essenciais, deixando de lado itens e serviços que não são considerados indispensáveis.