O BTG Pactual apresentou um desempenho notável no terceiro trimestre de 2024, registrando um lucro líquido ajustado de R$ 3,2 bilhões, o que representa um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2023. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) também subiu, atingindo 23,5%, superando trimestres anteriores e reforçando a resiliência operacional do banco em um cenário econômico desafiador. A receita total alcançou R$ 6,4 bilhões, impulsionada principalmente pelo crescimento robusto nas áreas de gestão de ativos, fortunas e empréstimos corporativos, que teve o melhor trimestre da história da instituição.
O economista da MSX Invest, Alex André, destacou o diferencial do BTG em meio a um mercado de juros elevados e crédito restrito. “O BTG tem se mostrado uma verdadeira máquina de resultados. Um ROE acima do Itaú, chegando a 23%, e um volume de ativos sob gestão que ultrapassa R$ 1,8 trilhões são provas de sua capacidade de adaptação e crescimento”, comentou André.
Diversificação e estratégia de resiliência
André ressaltou a capacidade do BTG de compensar desempenhos variáveis entre suas diferentes linhas de negócios. Enquanto segmentos como o de equity enfrentam dificuldades devido à ausência de IPOs, áreas como a de dívida corporativa e gestão de pequenas e médias empresas continuam a registrar resultados impressionantes. “Mesmo com um mercado desafiador, o BTG continua a entregar um retorno sólido sobre o capital investido. Se o cenário de juros se tornar mais favorável e houver uma retomada de IPOs e maior acesso a crédito, o potencial de crescimento do BTG será ainda mais acentuado”, afirmou.
A estratégia do BTG de diversificar suas operações e manter uma presença forte em múltiplos segmentos de mercado é um dos seus maiores diferenciais competitivos. O banco tem navegado com eficiência em um ambiente de juros altos, destacando-se por sua capacidade de adaptação e crescimento consistente, o que é um desafio para muitas instituições financeiras.
Confiança e expansão no mercado
A solidez do BTG foi ainda reforçada pelo anúncio de um novo programa de recompra de ações no valor de até R$ 2 bilhões, uma medida que sinaliza a confiança da instituição em seu crescimento contínuo e no valor de suas ações. Segundo André, isso mostra que o BTG já é, de fato, o maior banco de investimentos da América Latina. “A representatividade do BTG em diferentes mercados, especialmente na parte de dívida, onde é mandatário em muitos casos, e seu posicionamento em relação à Basileia e riscos de crédito elevam sua posição no mercado”, concluiu.