Os preços do milho continuam em trajetória de alta no início de novembro, impulsionados pela forte demanda de consumidores que buscam recompor seus estoques. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o milho acumulou um avanço de 13,44% em outubro e, na primeira semana de novembro, registrou um novo aumento de 2,33%. No total, os preços subiram 7% nos últimos 15 dias.
Esse cenário tem levado os vendedores a agirem com cautela nas negociações, priorizando atividades de campo relacionadas à safra de verão. Segundo os especialistas, o clima tem se mostrado um fator positivo, favorecendo a semeadura da nova safra e reduzindo as preocupações quanto à janela ideal para a segunda safra de 2025.
Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até 3 de novembro, 42,1% da safra verão já havia sido semeada no Brasil, representando um crescimento de 5,3 pontos percentuais em uma semana e 1,9 p.p. acima do registrado no mesmo período de 2023.
Soja: Aquecimento e Limites de Alta
O mercado de soja também se mantém em alta, impulsionado pela demanda das indústrias domésticas e prêmios de exportação ainda elevados. Em outubro, a soja teve um crescimento de 1,94% nos preços, seguido por um leve aumento de 0,13% na primeira semana de novembro, conforme o Cepea.
No entanto, alguns fatores têm limitado a escalada dos preços domésticos, como o avanço da semeadura da safra 2024/25 na América do Sul e a proximidade da conclusão da colheita no Hemisfério Norte. Além disso, a desvalorização do dólar frente ao real contribuiu para moderar os aumentos.
Ainda segundo a Conab, 53,3% da área nacional destinada à soja já foi semeada até 3 de novembro, um crescimento expressivo em comparação aos 48,4% registrados no mesmo período do ano anterior.