A Prio (PRIO3) anunciou que sua produção de petróleo atingiu 80 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd) em outubro, representando um crescimento de cerca de 10% em relação ao mês anterior. A expansão reflete a capacidade de produção orgânica da companhia e o impacto das aquisições recentes, como os campos de Pelagatos e Albacora Leste. No entanto, a companhia enfrenta desafios, principalmente relacionados à dependência de autorizações ambientais e à volatilidade dos preços da commodity no mercado global.
Segundo Alex André, economista da MSX Invest, o crescimento na produção da Prio já era esperado pelo mercado, dado o perfil de expansão orgânica da empresa. Contudo, ele ressalta que um ponto de atenção é a dependência de licenças ambientais para operações futuras. “Grande parte da produção esperada depende de autorizações do Ibama, o que pode ser um entrave. A Petrobras, por exemplo, está passando por situações similares no Mar Equatorial e em outras áreas que precisam de aprovação ambiental. Esse é um desafio contínuo para a Prio,” explica André.
A Prio também precisa lidar com o cenário macroeconômico do mercado de petróleo, que apresenta sinais de recuperação de curto prazo, mas permanece instável. A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) tem discutido medidas para adiar aumentos de produção a fim de manter a estabilidade nos preços, o que gera incerteza sobre a sustentabilidade dos preços elevados.
Com um cenário que combina crescimento orgânico, desafios regulatórios e o impacto das condições globais do mercado de petróleo, a Prio demonstra resiliência, mas a trajetória futura dependerá de sua capacidade de superar esses entraves.
