O Brasil se destaca por ocupar a segunda posição no ranking global de juros reais, ficando atrás apenas da Rússia. Esse cenário se mantém como uma referência importante para investidores que buscam segurança e previsibilidade de retorno, principalmente no contexto dos investimentos de renda fixa. Embora os juros elevados apresentem desafios para a economia, eles trazem oportunidades interessantes para investidores interessados em títulos como os do Tesouro Direto.
Os títulos do Tesouro Direto, especialmente valorizados pela segurança que oferecem aos investidores, alcançaram novos recordes recentemente. Isso se deve às suas características únicas, como o equilíbrio entre segurança e rentabilidade. Mas qual seria o retorno caso um investidor aplicasse R$ 100 mil nesses títulos? Analisaremos a seguir projeções de rendimento em diferentes opções de renda fixa.
O que é o Tesouro IPCA+ e quais os seus benefícios?
O Tesouro IPCA+ é uma modalidade de investimento que oferece rentabilidade ajustada conforme a inflação, acrescida de uma taxa prefixada definida no momento da compra. Isso significa que o investidor não só protege seu capital da inflação, mas também garante um retorno real ao final do período contratado. É uma forma eficaz de preservação de poder de compra, além de certificar um acréscimo financeiro acima da inflação vigente.
Para exemplificar, uma aplicação de R$ 100 mil no Tesouro IPCA+ 2029, que atualmente paga 6,78% ao ano além do índice IPCA, pode resultar em um montante total bruto de R$ 122.791,46 em dois anos. Após deduções de impostos e taxas, o valor líquido recebido seria aproximadamente R$ 118.892,83, superando outras alternativas de renda fixa como LCI, LCA e poupança.

Como funciona o Tesouro Selic e por que é indicado para reservas de emergência?
O Tesouro Selic é um título público que segue a taxa básica de juros do país, atualmente em 10,75% ao ano. Este título pós-fixado é amplamente recomendado por especialistas como uma das melhores opções para reservas de emergência, devido à sua alta liquidez e risco quase inexistente. Em um cenário de subida nos juros, o investidor vê seus rendimentos aumentarem simultaneamente.
Investir R$ 100 mil no Tesouro Selic e mantê-lo por dois anos resultaria em um valor bruto de R$ 120.997,34. Considerando os descontos de IR e taxas de custódia, o montante líquido finaliza em R$ 117.407,28, mostrando-se uma alternativa segura em tempos de flutuações econômicas.
O potencial do Tesouro Prefixado em tempos de incerteza econômica
O Tesouro Prefixado oferece a vantagem de uma taxa de retorno conhecida no momento da compra. Contudo, esse tipo de investimento tem um caráter mais arriscado em períodos de incerteza econômica, uma vez que não se ajusta às variações econômicas como o IPCA e a Selic. Essa segurança de rentabilidade pode ser um atrativo quando o investidor prioriza previsibilidade.
Ao investir R$ 100 mil no Tesouro Prefixado 2027, o retorno antes dos impostos em dois anos é projetado em R$ 127.033,54. Após as deduções fiscais, o valor líquido seria de R$ 122.483,84, configurando-se como uma das opções mais rentáveis entre os títulos do Tesouro Direto.
Conclusão: Qual é a melhor escolha para o investidor?
Escolher o investimento certo em renda fixa depende do perfil do investidor e dos seus objetivos financeiros. Enquanto o Tesouro IPCA+ trabalha bem para quem busca proteção contra a inflação, o Tesouro Selic é ideal para aqueles que valorizam a liquidez. Para quem deseja previsibilidade de retorno e pode lidar com certos riscos, o Tesouro Prefixado pode ser a escolha mais interessante. Assim, a decisão final deverá considerar não apenas o potencial de rendimento, mas também os objetivos de curto, médio e longo prazo do investidor.