Nesta terça-feira (22), o ouro renovou seu recorde pela quarta sessão consecutiva, sendo negociado com alta de 0,76% a US$ 2.759,80 por onça-troy. O metal caminha para sua maior valorização anual em 45 anos, com os preços já avançando mais de 30% desde o início de 2024.
De acordo com o gráfico histórico de preços do ouro abaixo, o aumento acumulado de 37% em 2023 marca um dos maiores ganhos desde 1980, quando o metal havia registrado uma valorização entre 100% e 200%. O comportamento atual reflete as incertezas globais, destacando-se as tensões no Oriente Médio e a fragilidade econômica da China.

Especialistas apontam que a demanda por ouro pode aumentar ainda mais com o Banco do Povo da China (PBoC) e investidores chineses possivelmente retornando ao mercado do metal precioso como uma forma de proteção. A busca por segurança em meio à volatilidade global é reforçada pelas incertezas envolvendo as eleições nos Estados Unidos e os conflitos geopolíticos.
Esse cenário de alta é comparável a momentos históricos relevantes, como os períodos de 1972 a 1974 e 2006 a 2011, quando o ouro ocasionalmente registrou ganhos acima de 40% ao ano. Segundo o gráfico, o crescimento atual, de 37%, se aproxima do pico mais recente em maio de 2020, quando o metal atingiu uma valorização de 34% em meio à crise causada pela pandemia de COVID-19.
A expectativa é de que os preços do ouro continuem sua trajetória de alta, especialmente com a instabilidade fiscal e monetária em economias globais. O desempenho recente reforça a atratividade do ouro como ativo seguro em momentos de turbulência, consolidando seu papel como um dos principais instrumentos de proteção de valor.