A JBS (JBSS3) está em busca de novas oportunidades de expansão e, segundo rumores que circulam na Faria Lima, o seu próximo alvo pode ser o Bradesco (BBDC4). De acordo com algumas especulações, a gigante do setor alimentício estaria interessada em adquirir o controle acionário de um dos maiores bancos do Brasil, o que representaria uma das mais ousadas movimentações corporativas do ano.
Além da intenção de compra, um fator chamou atenção: as herdeiras de Amador Aguiar, fundador do Bradesco, demonstraram ser favoráveis ao possível negócio, o que pode facilitar as negociações e abrir portas para uma reestruturação relevante na governança da instituição financeira.
Compra do Bradesco pela JBS faz sentido?
Segundo análise de Alex André, economista da MSX Invest, essa aquisição faz sentido para o Grupo J&F, dono da JBS e não seria nada surpreendente, já que a companhia comprou o PicPay em 2021.
“O Bradesco é um banco que pode consolidar essas avenidas que a J&F já tem construído. Também tem outras disputas que já são públicas, como a questão da energia, se realmente esse governo de agora tem facilitado e pode facilitar não só a regulamentação como o financiamento. Claro que está só no campo da especulação, mas eu não duvidaria e não me surpreenderia”, disse o economista.
Em suma, se a negociação avançar, o mercado pode presenciar uma mudança significativa na dinâmica do setor bancário brasileiro. Analistas já avaliam que essa união entre uma gigante do setor de alimentos e um dos principais bancos do país pode inaugurar um novo ciclo de fusões e aquisições no Brasil.
Resposta do Bradesco:
O Bradesco desmentiu nesta terça-feira (22) rumores sobre uma possível venda para a JBS, classificando as informações como “boato”, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Em linha com a negativa, a J&F, controladora da JBS, também declarou que não há qualquer negociação em curso para aquisição do Bradesco, afirmando que o rumor “não tem procedência”. A movimentação foi suficiente para gerar especulações no mercado, mas as duas partes envolvidas negaram veementemente qualquer tratativa.