Tarsila do Amaral, renomada pintora brasileira, continua sendo um nome de peso na arte mundial, mesmo muitos anos após seu falecimento em 1973. Sua obra mais famosa, o quadro “Abaporu“, é um ícone do movimento modernista e está exposto no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires. Todavia, não é só sua arte que está em pauta nos dias atuais; a disputa pela sua herança tem gerado controvérsias e ações judiciais entre seus atuais herdeiros.
O cenário que Tarsila enfrentou ao falecer era bastante complexo. Seus bens passaram a ser divididos entre os cinco irmãos, uma vez que não havia cônjuge, filhos ou netos sobreviventes. Com o passar dos anos, Tarsila e sua obra ganharam ainda mais notoriedade, valorizando imensamente o seu acervo artístico. Em 2019, por exemplo, o quadro “Lua” foi vendido por uma quantia impressionante, demonstrando o crescente interesse e valor do trabalho da pintora.
Como as Disputas de Herança Acontecem?
Assim como no caso de Tarsila do Amaral, disputas de heranças não são incomuns entre famosos e pessoas comuns. Muitas vezes, essas disputas surgem quando não há um planejamento sucessório claro por parte do falecido. Frequentemente, são os irmãos, sobrinhos ou mesmo parentes mais distantes que se tornam os beneficiários legais, caso não haja descendentes diretos.
Conforme rege a legislação brasileira, os bens de uma pessoa falecida são direcionados primeiramente aos herdeiros necessários. Na ausência destes, os bens são transferidos aos herdeiros facultativos. Um planejamento sucessório adequado poderia prevenir disputas e conflitos que levam anos nos tribunais, evitando longas batalhas judiciais que consomem tempo e recursos de todos os envolvidos.
Quais são as Alternativas para Evitar Disputas?
Para evitar brigas entre herdeiros, é recomendado que o proprietário dos bens realize um planejamento sucessório. Isso pode ser feito por diferentes métodos, como a elaboração de um testamento bem estruturado, doações realizadas em vida, ou até mesmo por meio da criação de uma holding familiar. Cada uma dessas estratégias tem suas vantagens e desvantagens, mas todas buscam assegurar que os desejos do falecido sejam respeitados.
O planejamento sucessório não só propicia dividir os bens de maneira justa para evitar conflitos, mas também pode oferecer benefícios fiscais e assegurar a preservação do patrimônio familiar. Estabelecer de forma antecipada quem ficará com determinados bens pode evitar futuros desentendimentos e fornecer tranquilidade aos envolvidos.
Qual é a Importância do Planejamento Sucessório?
É essencial entender que o planejamento sucessório não apenas previne disputas, mas também esclarece potenciais incertezas sobre a divisão dos bens. Ao optar por essa abordagem, a pessoa em questão estará determinando claramente como deseja que seu patrimônio seja destinado, evitando assim divergências desnecessárias entre os herdeiros.
A preparação de um planejamento sucessório pode incluir, além dos métodos mencionados, a contratação de um advogado especializado em direito sucessório, que poderá guiar adequadamente as decisões do proprietário dos bens. Essa prática não só simplifica o processo de transferência de bens, mas também promove harmonia entre os herdeiros e preserva o legado da pessoa falecida para as próximas gerações.