Na última semana, o mercado global oscilou entre incertezas e expectativas, com destaque para o setor de tecnologia e movimentos nos mercados emergentes. Marco Prado, trader e apresentador do Pre-Market, na BM&C News, avaliou que os investidores optaram por ativos de tecnologia, como Nvidia e Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC). “É nítido observar pelos constantes recordes de pontuação no índice Nasdaq”, destacou Prado. Ele acrescentou que a TSMC subiu 54% após a divulgação de seu lucro líquido no terceiro trimestre, e a Apple registrou alta de 20% com o lançamento do iPhone 16 na China.
Em relação ao mercado brasileiro, Prado observou que o Ibovespa ficou preso no patamar dos 130.000 pontos, mesmo com a articulação entre Fernando Haddad, Lula e a Febraban. “Cada banqueiro saiu da reunião com uma impressão diferente. A intenção pode até ser boa, mas as ações precisam ser executadas, e logo”, avaliou.
No cenário internacional, o trader destacou que, apesar da decepção inicial com o pacote de estímulos chinês, o crescimento do PIB em 4,6% impulsionou Shanghai e Hang Seng. “Os empréstimos direcionados a empresas e grandes investidores ajudaram a fechar a semana com alta de 3%”, observou. Em contrapartida, o minério de ferro registrou queda de 5,99%, pressionando as ações da Vale.
Prado também comentou sobre a confusão nas políticas monetárias nos EUA. “Os ‘Fed Boys’ confundem o mercado com discursos sobre o ajuste monetário, deixando até Jerome Powell perdido”, afirmou. Ele ainda observou que, com a campanha protecionista de Donald Trump e as tarifas sobre a China, o dólar ganhou força globalmente. “Kamala Harris também colabora com um discurso inflacionário”, acrescentou. E concluiu: “Não é só o eleitor de São Paulo que tem vida difícil”.
Com a volatilidade global e as incertezas locais, o mercado segue atento aos próximos desdobramentos, especialmente em relação às fusões e às movimentações de política monetária.