O consumo frequente de carnes processadas, como presunto, salsicha, linguiça e bacon, tem sido associado a diversos problemas de saúde. Estudos indicam que esses alimentos, apesar de apreciados por muitos devido ao sabor, apresentam riscos significativos que não podem ser ignorados. Especialistas advertem sobre o potencial cancerígeno dessas carnes e outros efeitos adversos à saúde.
O que são carnes processadas?
As carnes processadas são aquelas que passaram por modificações para aumentar a durabilidade ou o sabor. Exemplos comuns incluem salame, charque e peito de peru. Esses métodos de processamento frequentemente introduzem compostos, como nitritos, usados para preservar o alimento e intensificar seu sabor.
Essas modificações podem incluir:
- Salga: Adição de sal para preservar a carne e realçar o sabor.
- Cura: Processo que utiliza sal, nitratos e nitritos para conservar a carne e dar-lhe uma cor característica.
- Fermentação: Utilização de bactérias para transformar açúcares em ácido lático, conferindo sabor e aroma característicos.
- Defumação: Exposição da carne à fumaça para adicionar sabor e cor.
- Adição de conservantes: Utilização de substâncias químicas para prolongar a vida útil do produto.

Quais são os riscos à saúde associados ao consumo?
Estudos científicos têm associado o consumo excessivo de carnes processadas a um aumento do risco de desenvolver diversas doenças, como:
- Câncer: Principalmente câncer colorretal.
- Doenças cardiovasculares: Devido ao alto teor de sódio e gordura saturada.
- Diabetes tipo 2: Em alguns casos.
O aumento nos riscos de diversos tipos de câncer, especialmente o câncer colorretal tem como principais motivos os nitritos, que podem se converter em nitrosaminas no organismo, substâncias reconhecidas por sua capacidade carcinogênica. Além disso, os métodos de preparo, como grelhar e assar, podem gerar aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos, ambos com potencial de danificar o DNA.
O que dizem os especialistas?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as carnes processadas como cancerígenas para humanos. Isso significa que existe uma relação clara entre o consumo desses alimentos e o aumento do risco de desenvolver câncer.
Profissionais de saúde recomendam a redução ou eliminação do consumo de carnes processadas na dieta. Bernardo Oliveira, gastroenterologista do Hospital Santa Lúcia, alerta que a ingestão regular desses alimentos está correlacionada ao aumento do risco de câncer de intestino. A médica Laura Mocellin, especialista em nutrologia, destaca que além do câncer, o consumo pode contribuir para o aumento do estresse oxidativo no organismo.
O que podemos fazer para reduzir os riscos?
Adotar uma dieta menos dependente de alimentos processados pode mitigar riscos significativos à saúde. Optar por carnes frescas e preparar refeições de maneira saudável pode ajudar a limitar a ingestão de compostos nocivos. Substituir esses alimentos por fontes de proteína como leguminosas, peixes frescos e aves não processadas é uma alternativa recomendada por nutricionistas.
Compreender os riscos associados ao consumo de carnes processadas é crucial para tomar decisões alimentares informadas. Embora saborosos, os perigos potenciais desses alimentos não devem ser subestimados. A conscientização sobre o impacto na saúde pode conduzir a escolhas que promovam uma maior qualidade de vida.
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