Conhecida mundialmente por sua atuação em esportes aquáticos, a Speedo está expandindo seu portfólio para outras áreas, mantendo sua posição de liderança no mercado. “Hoje estamos em um movimento anfíbio, sem deixar de lado nosso histórico no mercado de esportes aquáticos, mas olhando para novos horizontes”, afirmou Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Brasil, em entrevista ao programa O Varejista, na BM&C News.
A marca, que está prestes a completar 50 anos de atuação ininterrupta no Brasil, detém 80% de market share no segmento de esportes aquáticos. No entanto, Jalonetsky destaca que a empresa não está satisfeita em manter essa liderança apenas nesse nicho. “Estamos líderes há 46 anos, mas essa liderança nos provoca diariamente a pensar no amanhã”, reforçou. Para ele, a continuidade do sucesso da Speedo depende de inovações, seja no desenvolvimento de novos produtos ou na maneira como a empresa se conecta com os consumidores.
Outro ponto abordado pelo CEO foi a transformação dos hábitos de consumo, impulsionada por mudanças nas expectativas dos consumidores e no cenário econômico global. A pandemia foi um divisor de águas para a Speedo, que passou a adotar uma postura mais forte em relação à sustentabilidade. “A sustentabilidade deixou de ser uma tendência para se tornar um gerador de negócios. Se a empresa não fizer isso de forma real, está fora do mercado”, destacou.
Em termos de planejamento para os próximos anos, a Speedo tem metas claras de crescimento. O objetivo da empresa é dobrar o tamanho de suas operações no Brasil entre 2023 e 2028, com foco em uma diversificação de categorias que vão além dos esportes aquáticos, mas sem perder sua essência.
Compra Rápida aposta em inovação
Konrad Doern, sócio da Compra Rápida, uma startup de soluções para e-commerce, discutiu durante a entrevista ao programa O Varejista como a empresa está utilizando inteligência artificial para aprimorar o atendimento ao consumidor. O uso de chatbots e sistemas baseados em IA, como o ChatGPT, está ajudando a Compra Rápida a oferecer um atendimento mais humanizado e personalizado. Segundo Doern, a empresa conseguiu “treinar a inteligência artificial para entender melhor os produtos que vendemos e criar uma interface mais eficiente com o cliente final.”
Um dos desafios enfrentados pela Compra Rápida é o atendimento ágil e escalável. De acordo com Doern, a IA surge como uma solução que não só melhora a eficiência, mas também reduz custos operacionais. “Antigamente, o foco estava no desenvolvimento técnico, mas a IA agora nos permite escalar o time de forma mais eficiente”, explicou.
A estratégia de omnicanalidade também foi destacada como essencial para o sucesso da empresa. Doern observou que não existe mais uma divisão clara entre o comércio online e físico, uma vez que os consumidores transitam facilmente entre esses dois ambientes. “Hoje, não podemos mais separar o online do offline. Eles são complementares e, juntos, geram insights valiosos para entender o comportamento do consumidor e melhorar a experiência de compra”, ressaltou.
Para o mercado financeiro, as apostas da Compra Rápida em tecnologia de ponta podem ser vistas como uma vantagem competitiva, especialmente em um cenário de transformação digital acelerada. Empresas que se antecipam em utilizar ferramentas de IA robustas tendem a garantir maior eficiência e a aumentar suas margens operacionais, algo de grande interesse para investidores.
Veja as entrevistas na íntegra: