Apesar dos desafios enfrentados pela economia brasileira em 2024, incluindo o aumento dos juros e as preocupações com o descontrole fiscal, a bolsa brasileira tem se mostrado mais resiliente do que o esperado.
A trajetória do mercado ao longo do ano surpreendeu investidores, mantendo-se estável e próxima das máximas históricas, mesmo em meio a notícias negativas que, em teoria, deveriam ter causado uma correção nos preços das ações.
Durante o programa Pre-Market, analistas discutiram essa inesperada resistência do mercado, destacando a influência de fatores externos, como a recente melhora no preço do petróleo, que tem sido um dos principais “drivers” do dia. “O petróleo melhorou bastante nas últimas sessões, e isso está ajudando a segurar o mercado”, afirmou um dos participantes do programa.
Eduardo Boechat, convidado do programa, compartilhou seu otimismo com relação ao desempenho da bolsa brasileira nos últimos meses do ano. “O mercado tem enfrentado muitos problemas, como o aumento dos juros e o cenário fiscal complicado, mas, mesmo assim, a bolsa não cai. Isso me deixa mais construtivo em relação à perspectiva para o final do ano”, comentou.
Boechat também acredita que o mercado pode seguir o padrão de anos anteriores e registrar um rali em dezembro, um fenômeno recorrente que muitos investidores esperam. “Eu tenho o sentimento de que podemos ver uma alta significativa no final do ano, talvez em dezembro. Já vimos isso acontecer antes, e não me surpreenderia se voltássemos a ver um rali durante a Black Friday ou perto das festas de fim de ano”, acrescentou.
A despeito de um cenário interno conturbado, com o governo enfrentando dificuldades fiscais e juros elevados, a bolsa brasileira tem se mantido firme, e muitos analistas agora veem potencial para uma alta nos últimos meses de 2024, repetindo a tendência de anos anteriores.
A expectativa é que, com a aproximação do fim do ano, o otimismo possa tomar conta do mercado, impulsionando um rali de fim de ano que poderia surpreender os investidores.