A Azul anunciou um acordo bilionário com seus principais credores, incluindo arrendadores (lessores) e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), como parte de seu plano de reestruturação.
O acordo, aguardado pelo mercado, envolve a troca de R$ 3 bilhões em dívidas por 100 milhões de ações preferenciais, avaliadas em R$ 3,30 cada — seis vezes o valor de mercado atual da companhia, que no último fechamento estava em R$ 5,75.
Esse movimento visa fortalecer a geração de caixa e melhorar a estrutura de capital da Azul, que perdeu 60% de seu valor de mercado desde o início de 2024. A companhia ressaltou que o acordo representa uma parte significativa de seu plano de reestruturação, mas ainda há negociações em andamento com outros credores, que detêm 8% das obrigações da empresa.
Apesar de o mercado já especular sobre a concretização desse acordo, agências de classificação de risco, como Moody’s e S&P Global Ratings, recentemente rebaixaram a nota de crédito da Azul, devido a preocupações com sua sustentabilidade financeira. Mesmo assim, o anúncio é visto como um avanço importante, com credores mostrando confiança ao aceitar ações muito acima do valor de mercado.
A reestruturação da Azul ainda depende da finalização de documentações definitivas e da obtenção de financiamento adicional, mas o acordo já sinaliza um passo importante para a recuperação da companhia em meio à crise.