O câncer de mama é uma realidade que atinge muitas mulheres ao redor do mundo. Estima-se que, no Brasil, esse tipo de câncer seja o segundo mais incidente entre as mulheres, perdendo apenas para o de pele não melanoma. Com uma previsão de 74 mil novos casos anuais até 2025, a atenção ao diagnóstico precoce se torna ainda mais imprescindível.
Os exames regulares, tais como o autoexame, a mamografia e a ultrassonografia, são aliados vitais na prevenção da doença. Conhecer os fatores de risco e ficar atenta aos sinais do próprio corpo pode ser crucial para um diagnóstico precoce, aumentando significativamente as chances de cura.
Por que os tratamentos menos invasivos são tão importantes?
- Menos efeitos colaterais: Procedimentos menos invasivos geralmente causam menos dor, sangramento e outras complicações, permitindo uma recuperação mais rápida.
- Maior qualidade de vida: Pacientes submetidas a tratamentos menos invasivos tendem a ter uma melhor qualidade de vida durante e após o tratamento.
- Menor tempo de internação: Muitas vezes, os procedimentos menos invasivos podem ser realizados de forma ambulatorial, reduzindo o tempo de internação.
- Maior precisão: Algumas técnicas, como a cirurgia robótica, permitem uma maior precisão, atingindo o tumor com mais exatidão e preservando o tecido saudável ao redor.

Quais são os principais avanços nos tratamentos menos invasivos para o câncer de mama?
- Cirurgia robótica: A cirurgia robótica permite maior precisão e menor trauma para a paciente, com incisões menores e menor perda de sangue.
- Cirurgia a laser: O laser pode ser utilizado para remover tumores menores e realizar procedimentos como a ablação de lesões pré-cancerosas.
- Radioterapia estereotáxica: Essa técnica utiliza feixes de radiação de alta precisão para destruir as células cancerígenas, com menor impacto nos tecidos saudáveis ao redor.
- Terapia-alvo: Essa terapia utiliza medicamentos que se ligam a proteínas específicas nas células cancerígenas, atacando o tumor de forma mais direcionada e com menos efeitos colaterais.
- Imunoterapia: A imunoterapia estimula o sistema imunológico da paciente a combater o câncer, oferecendo uma abordagem mais personalizada e com menos efeitos colaterais.
- Lumpectomia: É a remoção do tumor e uma pequena margem de tecido saudável ao redor. É uma opção para tumores menores e em estágios iniciais.
- Quadrantectomia: Nessa técnica, é removida uma porção maior da mama, incluindo o tumor e os tecidos adjacentes.
- Mastectomia parcial: É a remoção de uma parte da mama, indicada para tumores maiores ou múltiplos.
Por que a mastectomia nem sempre permite reconstrução imediata?
A mastectomia, ou a remoção total da mama, está entre as estratégias mais antigas e eficazes para tratar o câncer de mama. No entanto, a possibilidade de reconstruir a mama na mesma operação nem sempre é viável. Segundo o Dr. Fernando Amato, essa decisão depende de vários fatores, inclusive do tratamento oncológico proposto.
Algumas pacientes necessitam de tratamento complementar, como a radioterapia, o que pode influenciar o momento ideal para a reconstrução mamária. Casos que envolvem a remoção de grande quantidade de pele também exigem uma avaliação minuciosa antes de decidir pela reconstrução imediata.
Sessão de perguntas frequentes sobre o câncer de mama
- Próteses de silicone aumentam o risco de câncer de mama?
Não há evidências científicas que liguem diretamente os implantes de silicone ao desenvolvimento de câncer de mama. Além disso, esses implantes não interferem na realização de mamografias, que são cruciais para o rastreamento da doença.
- É possível reconstruir as mamas na mesma cirurgia do tratamento?
Sim, esta é uma possibilidade que deve ser discutida entre o médico e a paciente, considerando o estágio do câncer e a avaliação do cirurgião.
- Convênios cobrem cirurgias de reconstrução de mama?
Sim, a legislação garante a cobertura dessas cirurgias pelos planos de saúde em casos de mutilação decorrente do tratamento de câncer.
- Qual o maior causa do câncer de mama?
Não há uma única causa específica para o câncer de mama. É uma doença complexa influenciada por diversos fatores, tanto genéticos quanto ambientais.
- Quais as chances de cura do câncer de mama?
Em geral, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Quando o câncer de mama é detectado em estágios iniciais, as chances de cura podem chegar a 95%.
Quais as vantagens das novas técnicas de tratamento cirúrgico?
O futuro do tratamento cirúrgico do câncer de mama está direcionado para ser menos invasivo. Cirurgias que preservam maior parte do tecido mamário permitem reconstruções com resultados mais naturais, próximos das cirurgias estéticas. Esta evolução nas técnicas cirúrgicas tende a melhorar a qualidade de vida das pacientes, promovendo uma recuperação física e emocional mais rápida e eficiente.
Por fim, é importante ressaltar que o apoio emocional, aliado a um tratamento médico adequado, desempenha um papel crucial durante esse processo. A participação ativa da paciente nas decisões sobre o tratamento é essencial para resgatar sua autoestima e confiança, elementos fundamentais na batalha contra o câncer de mama.
Para mais informações:
- Ministério da Saúde: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa
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