Para a Pequena e Média Empresa (PME) ou Microempreendedor Individual (MEI) que está considerando contrair um empréstimo, seja para ampliar ou melhorar a operação, a primeira coisa a fazer é analisar a saúde financeira do negócio. Definir um objetivo claro para o dinheiro também é crucial. Esse conselho é compartilhado por Nathalia Arcuri, apresentadora e CEO do Me Poupe!.
A especialista Nathalia indica que o empreendedor deve entender se sua empresa é financeiramente saudável ou não. Ela afirma que já ter dívidas não é necessariamente um impedimento.
Quando e como pedir Empréstimo?
Depois de analisar a saúde financeira da PME, é hora de olhar para a estratégia do negócio: por que buscar crédito? A especialista afirma que a hora certa de contrair crédito é quando se tem uma estratégia clara e necessita de recursos para expandir ou melhorar a operação.
“A pior coisa que o empreendedor pode fazer é pegar crédito por impulso ou apenas para ‘tapar buracos’. Um objetivo específico é essencial, pois o crédito precisa ser uma ferramenta que gerará um retorno maior do que o custo”, adverte Nathalia Arcuri.
O que significa uma empresa saudável financeiramente?
“Uma empresa saudável financeiramente é aquela que possui controle total sobre suas finanças. Isso não significa que nunca tenha dívidas, mas sim que consegue administrá-las de forma sustentável, pagando suas contas em dia, com receitas previsíveis e consistentes”, explica Nathalia Arcuri.
Mantendo-se adimplente – ou seja, pagando dívidas dentro do prazo – a empresa demonstra que honra seus compromissos. O ponto principal, segundo ela, é alcançar um equilíbrio entre receitas e despesas. Também é importante ter uma reserva de emergência para imprevistos e cautela ao investir.
Aspectos a considerar ao contratar um empréstimo
Após definir o objetivo do empréstimo, deve-se entender os produtos que os bancos oferecem, observando os seguintes aspectos:
- Taxa de juros
- Prazo de pagamento
- Custo total do crédito
- Taxas adicionais (seguro, taxas administrativas)
Como garantir que a dívida seja sustentável?
Nathalia ressalta a importância de alinhar o fluxo de pagamento com a realidade financeira da empresa. Isso significa verificar se as parcelas do empréstimo, somadas a todos os custos e despesas da operação, cabem no faturamento e ainda permitem uma margem para lucro e reserva de emergência.
“Não existe uma regra fixa sobre o percentual máximo que uma dívida deve ocupar do orçamento de uma empresa. O que deve ser considerado é a margem de lucro, e isso varia de empresa para empresa. Indicator como faturamento, satisfação dos clientes, lucratividade e CMV (Custo da Mercadoria Vendida) são essenciais para um controle eficiente do negócio,” explica.
Novas soluções de financiamento no mercado
No iFood MOVE, a empresa lançou o iFood Pago, que oferece conta digital integrada, serviços de banking e link de pagamento. Além disso, disponibiliza a antecipação de recebíveis e crédito (empréstimo parcelado) e a Maquininona, uma solução de pagamento integrada ao delivery do iFood.