A dívida global alcançou um recorde de US$ 312 trilhões no final de junho, segundo relatório do Instituto de Finanças Internacionais (IIF). O aumento de US$ 2,1 trilhões no primeiro semestre deste ano foi impulsionado principalmente por empréstimos nos Estados Unidos e na China.
A crescente tendência de endividamento é motivo de preocupação, com o IIF projetando que os empréstimos governamentais globais, atualmente em US$ 92 trilhões, possam chegar a US$ 145 trilhões até 2030 e impressionantes US$ 440 trilhões até 2050.
A transição energética, em resposta às mudanças climáticas, é um dos principais fatores por trás dessa projeção de aumento, com expectativas de que será responsável por mais de um terço do crescimento total da dívida até 2050. Esses números evidenciam a pressão que os países enfrentam para investir em iniciativas sustentáveis e ao mesmo tempo manter a estabilidade fiscal.
Tendências em Mercados Emergentes
O IIF também destaca que a dívida em mercados emergentes atingiu um novo pico, o que reforça a necessidade de monitoramento atento desses países diante do cenário econômico global volátil.
A elevação do endividamento em nações emergentes pode ter efeitos em cadeia na estabilidade econômica e no crescimento global, conforme os países buscam equilibrar a recuperação pós-pandemia com investimentos em infraestrutura e sustentabilidade.
Sinais de Alerta
O IIF emitiu um forte alerta sobre a tendência de aumento constante dos empréstimos governamentais, ressaltando a necessidade de políticas fiscais responsáveis e estratégias de gerenciamento da dívida para evitar riscos econômicos futuros.
O crescimento do endividamento governamental pode representar desafios significativos para a economia global, especialmente diante das incertezas associadas ao ambiente de juros e à necessidade de financiamento da transição para uma economia de baixo carbono.