O Chevrolet Onix de segunda geração estreou no mercado brasileiro em 2019, poucos meses após o lançamento do sedã Onix Plus. Desenvolvido na China como um projeto global pela joint-venture entre General Motors e a fabricante local SAIC, este modelo se diferencia da geração anterior, criada no Brasil a partir da plataforma Gamma da sul-coreana Daewoo.
O novo Onix não apenas trouxe um visual atualizado, mas também ficou ligeiramente maior, passou a oferecer itens de série inéditos no segmento, como alerta de ponto cego, e evoluiu em termos de segurança. O hatch agora vem equipado de série com seis airbags e controles de estabilidade e tração, mesmo na versão de entrada.

Quais são as Principais Melhorias da Segunda Geração?
Visando reduzir custos, a suspensão traseira do Chevrolet Onix manteve o sistema de eixo de torção, enquanto os freios são a disco com ABS nas rodas dianteiras e a tambor nas traseiras. No interior, houve melhorias significativas, apesar de alguns pontos criticados, como os bancos dianteiros inteiriços e a ausência de ajuste de altura do cinto para o passageiro dianteiro. A versão topo de linha Premier conta com recursos como ar-condicionado digital, carregador de celular por indução, chave presencial, central multimídia MyLink com espelhamento sem fio de Android Auto e Apple CarPlay, além de sensores e assistente autônomo de estacionamento.
Que Mudanças Ocorreram na Motorização?
Uma das mudanças mais notáveis na segunda geração do Chevrolet Onix foi a introdução dos novos motores 1.0 flex de três cilindros e 12 válvulas da família CSS Prime. Nas versões mais acessíveis, a variante naturalmente aspirada deste motor gera até 82 cv de potência e 10,6 kgfm de torque, sempre em conjunto com o câmbio manual de seis marchas. Já a versão turbo entrega 116 cv e 16,8 kgfm de torque, podendo ser associada tanto à transmissão manual quanto a um câmbio automático de seis velocidades, desenvolvido pela GM.
Que Problemas Relatam os Proprietários?
Embora o Chevrolet Onix tenha recebido elogios pelo baixo consumo de combustível, muitos proprietários relataram problemas recorrentes com a correia dentada do motor. A correia é lubrificada pelo óleo do próprio motor, e há inúmeras queixas sobre rompimentos prematuros, inclusive em unidades com baixa quilometragem e histórico de revisões em concessionárias oficiais.
O que Dizem os Especialistas?
Segundo o mecânico Paulo Vianna, a quebra da correia dentada pode causar danos significativos ao motor, chegando a custar mais de R$ 10 mil em reparos. Ele enfatiza a importância de seguir as recomendações do manual do proprietário quanto à especificação do óleo para evitar a corrosão da correia. Além disso, Vianna sugere antecipar a troca da correia bem antes dos 240 mil quilômetros indicados pela Chevrolet, recomendando cerca de 70 mil km como uma margem segura.
Como a Chevrolet Está Lidando com os Problemas?
A General Motors trata cada caso individualmente, conforme os clientes acionam a garantia ou entram em contato com as concessionárias da rede. A empresa atribui os problemas ao uso de óleo sem a certificação Dexos e fora das especificações descritas no manual do proprietário. Para garantir a durabilidade, a GM recomenda trocar o óleo a cada 10 mil km e antecipar esse prazo se o veículo for utilizado em condições severas.
Apesar dos desafios iniciais, a segunda geração do Chevrolet Onix continua a ser uma opção popular entre os consumidores, especialmente pela combinação de tecnologia avançada e custo-benefício competitivo.