Uma moeda de R$ 1 nem sempre vale “apenas” R$ 1. Ao contrário, uma única unidade pode valer no mínimo R$ 300 caso seja lançada em razão de um evento especial. Desde a implementação do Plano Real, em 1994, o Banco Central lançou mais de 20 moedas comemorativas de R$ 1, cada uma com sua particularidade e valor para os colecionadores.
Essas moedas fazem alusão a eventos ou figuras importantes na história brasileira. Diversos catálogos, como o Catálogo Numis, fazem a curadoria de preços no mercado de colecionadores. Os valores das unidades variam conforme a cunhagem e o estado de conservação, que pode ser classificado como bem conservada, muito bem conservada, soberba e flor de cunho.
50 Anos da Declaração dos Direitos Humanos
Lançada em 1998, a moeda em comemoração aos 50 anos da Declaração dos Direitos Humanos teve cunhagem de 600 mil peças. O anverso traz a figura de uma pessoa representando a logomarca oficial da Declaração dos Direitos Humanos e o globo terrestre, enquanto o reverso permaneceu inalterado.
Por que as moedas antigas valem tanto?
A moeda mais comum desse lote pode variar de R$ 300 a R$ 700. No entanto, uma variante rara com duplicação completa do anverso pode valer até R$ 850. A tabela abaixo detalha os valores das moedas de acordo com sua condição:
- Bem conservada: R$ 300
- Muito bem conservada: R$ 400
- Soberba: R$ 450
- Flor de cunho: R$ 700 a R$ 850
Moeda Fabricada com Cuproníquel e Alpaca
Apesar de não ser comemorativa, a moeda de R$ 1 fabricada a partir do cuproníquel e alpaca aparece na lista de mais valiosas. Esses materiais pararam de ser utilizados no processo de fabricação a partir de 2001. Por conta de um “aumento significativo” nos preços dos materiais, o Banco Central teve que buscar alternativas para continuar a produção.
Uma unidade dessa moeda pode ser comercializada por até R$ 850, dependendo da variante e do estado de conservação.
Quais as variantes mais valiosas?
- Boné – 5 a 10% de deslocamento: R$ 150 a R$ 300
- Final de chapa/disco cortado: R$ 80 a R$ 225
- Reverso invertido: R$ 750 a R$ 850
- Flor de cunho: R$ 450 a R$ 850
Entrega da Bandeira Olímpica
Uma moeda em alusão à entrega da Bandeira Olímpica ao Rio de Janeiro foi lançada em 2012. Com circulação de 2 milhões de peças, o anverso traz a imagem da bandeira olímpica e a logomarca oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Seu valor varia entre R$ 130 e R$ 260, aproximadamente.
- Reverso inclinado: R$ 160 a R$ 260
- Flor de cunho: R$ 250 a R$ 265
Centenário de Juscelino Kubitschek
Em 2002, o Banco Central lançou uma moeda em comemoração aos 100 anos de Juscelino Kubitschek, com 50 milhões de peças. O anverso traz o rosto do ex-presidente. Dependendo da variante, o preço pode chegar a R$ 650.
Valores por condição:
- Boné – 5 a 40% de deslocamento: R$ 250 a R$ 650
- Cavanhaque: R$ 25 a R$ 115
- Núcleo deslocado: R$ 30 a R$ 450
- Flor de cunho: R$ 250 a R$ 650
Outras moedas comemorativas também podem alcançar valores expressivos, como aquelas lançadas em homenagem aos 50 anos da fundação do Banco Central, aos Jogos Olímpicos Rio 2016 e aos 25 anos do Plano Real.
Conclusão: O Fascínio das Moedas Variantes e Anômalas
Variantes no cunho das moedas podem agregar valor particular a determinadas peças. Essas variantes, como melhorias na qualidade da gravura ou alterações menores, transformam a moeda em itens únicos e colecionáveis. As moedas anômalas, geradas por erros no processo de cunhagem, são ainda mais raras e valiosas.
Em todos os casos, o Banco Central não comercializa ou avalia as moedas, deixando ao mercado numismático a tarefa de determinar o valor dos itens. O estado de conservação, a demanda e a escassez são fatores determinantes para a valorização dessas moedas, que carregam um pedaço da história brasileira em cada detalhe.