O contexto da crise climática se intensifica no Brasil em 2024, com o país enfrentando sua pior seca em 44 anos e temperaturas mais altas do que o usual. Esse cenário alarmante tem resultado em um aumento significativo das queimadas, que afetam todas as regiões e colocam em risco a biodiversidade, enchendo o céu de fumaça e ameaçando até mesmo a infraestrutura urbana. Em resposta, o presidente Lula anunciou medidas para combater os riscos climáticos extremos e promover a adaptação para enfrentar esses fenômenos.
Segundo Lula, tais medidas incluem a criação de uma autoridade climática e um comitê técnico-científico para dar suporte e articular as ações do Governo Federal. “O nosso objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir do Plano Nacional de Enfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos”, afirmou o presidente durante evento em Manaus.
Políticas Públicas para Enfrentamento dos Riscos Climáticos
O presidente Lula enfatizou a importância de se adaptar e preparar para os fenômenos climáticos extremos. A nova autoridade climática terá a missão de coordenar e implementar estratégias de adaptação e mitigação de impactos climáticos. Além disso, será responsável por promover o alinhamento entre diferentes esferas do governo, garantindo uma resposta coordenada e eficaz ao desafio climático.
Como a Autoridade Climática Irá Funcionar?
A criação da Autoridade Climática, que foi uma promessa de campanha de Lula nas eleições de 2022, visa centralizar e fortalecer a governança sobre questões climáticas no Brasil. Inicialmente, houve debates sobre a liderança desse novo órgão e se ele estaria sob o comando do Ministério do Meio Ambiente, liderado pela ministra Marina Silva. Apesar dos entraves iniciais, a autoridade finalmente foi estabelecida, buscando fortalecer a resposta do país ao aquecimento global e às suas consequências.
Qual a Origem das Queimadas no Brasil?
O presidente também abordou o tema das queimadas, que têm assolado o país, mencionando que a maioria desses incêndios possui origem criminosa. “São Paulo ontem foi eleita a cidade com a pior qualidade do ar do mundo”, destacou Lula. Ele apontou que incêndios simultâneos em diversas regiões, incluindo Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia, são intencionais e visam a destruição ambiental. “No Pantanal, 85% das propriedades atingidas são privadas, não são terras públicas”, afirmou.
Medidas de Punição e Responsabilização
Lula defendeu punições severas para aqueles responsáveis pelas queimadas e destacou a necessidade de conscientização sobre a preservação ambiental. “Nós precisamos punir quem faz queimada. É proibido fazer queimada em época errada”, concluiu o presidente, reforçando a importância de um rigor maior nas medidas preventivas e punitivas.
O presidente também alertou sobre a necessidade de um maior engajamento das sociedades no combate ao aquecimento global. “A questão climática é a demonstração mais viva de que nós, seres humanos, somos irracionais porque somos os únicos capazes de destruir o local onde moramos”, argumentou Lula, ressaltando a urgência da questão diante dos desafios ambientais enfrentados pelo Brasil em 2024.
Quais São as Propostas Futuras para a Questão Climática?
Para o futuro, a ideia é que a Autoridade Climática e o comitê técnico-científico mantenham um trabalho contínuo na implementação e monitoramento das políticas climáticas. Além disso, a colaboração internacional e o apoio das ONGs ambientais serão essenciais para fortalecer tais iniciativas. A meta é que a adaptação e mitigação aos fenômenos climáticos sejam cada vez mais integradas às políticas públicas de forma contínua e estruturada.
Com tais medidas, o Brasil espera não apenas responder aos desafios climáticos imediatos, como também liderar pelo exemplo em políticas ambientais sustentáveis, assegurando um futuro mais seguro para as próximas gerações.