O atual regime de metas para a inflação continua vigente até dezembro de 2024. A partir de janeiro de 2025, o intervalo anual pré-determinado deverá ser cumprido todos os meses, não apenas ao fim de cada ano. Dessa forma, o desvio da meta será estabelecido sempre que o IPCA acumulado superar o teto da meta por seis meses consecutivos. As projeções mostram uma inflação de 4,3% ao final deste ano. Analistas do mercado financeiro elevaram as expectativas para o IPCA nos 12 meses encerrados em dezembro, em todas as últimas oito semanas, de 4,25% para 4,3%.
O percentual considera uma aceleração do índice em setembro, com alta prevista de 0,36%, e uma desaceleração em outubro (0,3%) e novembro (0,22%). Para dezembro, a variação estimada é de 0,47%. Este cenário mostra a preocupação crescente com a necessidade de ajustar as expectativas e controlar a inflação de forma mais rígida.
Energia elétrica impacta o IPCA
A queda das contas de luz tem influenciado o resultado do IPCA. O recuo de 2,77% das tarifas de energia elétrica residencial em agosto deve-se ao uso da bandeira verde, que não inclui cobrança adicional. Para setembro, a adoção da bandeira vermelha 1, com acréscimo de R$ 0,04463 a cada 100 kWh consumidos, tende a pressionar o orçamento das famílias.
O que contribuiu para a queda dos preços em habitação?
O recuo nas tarifas de energia elétrica foi um dos principais fatores para a baixa de 0,51% nos preços do grupo habitação. “A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho,” reforça André Almeida, gerente do IPCA.
Quais setores foram impactados na alimentação?
Os preços dos alimentos e bebidas caíram pelo segundo mês seguido. O grupo de despesas registrou queda de 0,44% em agosto, após uma variação negativa de 1% apurada em julho. Este resultado foi influenciado principalmente pelo recuo de 0,73% dos preços dos alimentos consumidos em casa. No mês anterior, houve uma queda de 1,51% das refeições no domicílio.
- Aceleração do índice em setembro com alta prevista de 0,36%.
- Desaceleração em outubro (0,3%) e novembro (0,22%).
- Variação estimada para dezembro é de 0,47%.
- Queda de 2,77% das tarifas de energia elétrica residencial em agosto.
- Influência da bandeira verde na redução dos preços em habitação.
- Recuo de 0,44% nos preços de alimentos e bebidas em agosto.
No geral, a política de metas para a inflação continuará a desempenhar um papel crucial na gestão da economia brasileira. As variações nos preços de energia elétrica e alimentação, juntamente com outras despesas, são fatores determinantes que devem ser monitorados de perto. As expectativas dos analistas de mercado, assim como as medidas governamentais para controlar a inflação, serão vitais para manter a estabilidade econômica.