A Reforma Tributária proposta pelo governo traz mudanças significativas para os investidores em previdência privada, especialmente para aqueles que utilizam os planos PGBL e VGBL. Segundo Eduardo Massing, especialista em previdência privada da Fami Capital, essas mudanças podem afetar negativamente investidores que planejam a curto prazo e não têm uma visão de longo prazo.
“A nova proposta inclui a possibilidade de cobrança do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) nos planos de previdência privada. Para investidores que mantiverem seus investimentos por mais de cinco anos, há uma isenção do ITCMD no VGBL, o que pode ser positivo para quem planeja a longo prazo”, afirma Eduardo.
Benefícios da Previdência Privada no Longo Prazo
Os planos de previdência privada, como PGBL e VGBL, são ferramentas valiosas para o planejamento financeiro de longo prazo. Eduardo destaca que um dos principais benefícios desses planos é a isenção do “come-cotas”, imposto que incide anualmente sobre fundos não previdenciários. “No longo prazo, a ausência desse imposto permite que o juro composto trabalhe a favor do investidor, aumentando o retorno sobre o capital investido.”
Outro ponto abordado por Eduardo é a vantagem da tributação regressiva, que oferece uma alíquota de imposto mais baixa após dez anos de investimento. “Essa tributação mais leve reforça a importância da previdência como uma ferramenta de investimento a longo prazo.”
A Portabilidade como Ferramenta Estratégica
A portabilidade é outro benefício importante dos planos de previdência privada. Eduardo explica que, ao contrário de outros produtos financeiros, a previdência permite que o investidor realoque seus recursos entre diferentes fundos sem a incidência de impostos. “Essa flexibilidade é crucial para adaptar a estratégia de investimento às mudanças do mercado, sem sofrer penalidades fiscais.”
A Importância de Iniciar o Planejamento Financeiro Cedo
Eduardo ressalta a importância de começar a investir em previdência privada o mais cedo possível. Ele observa que o ITCMD pode pesar significativamente no processo de sucessão patrimonial, tornando essencial um planejamento antecipado. “Cada vez mais, os brasileiros estão percebendo a necessidade de pensar no longo prazo, não só para obter uma rentabilidade maior, mas também para garantir uma sucessão patrimonial eficiente.”
Estratégias para Minimizar Impactos da Reforma
Com as possíveis mudanças trazidas pela Reforma Tributária, Eduardo sugere que investidores revisem suas estratégias, especialmente aqueles que utilizam o PGBL. “Estamos vendo um movimento de migração do PGBL para o VGBL ou para outros ativos isentos de imposto, especialmente entre investidores que já não buscam o benefício fiscal do PGBL.”
Para finalizar, Eduardo aconselha que os investidores fiquem atentos às diferenças entre PGBL e VGBL e considerem cuidadosamente as opções de tabela progressiva ou regressiva, sempre em alinhamento com seu perfil e objetivos financeiros.