Nesta segunda-feira (09), o Ibovespa fechou sua sessão em alta de 0,12%, em 134.737,21 pontos. O índice brasileiro teve uma última semana difícil, de saída de fluxo estrangeiro.
O mercado fechou no azul com com dados de inflação do Brasil e também do mundo.
Ainda no cenário local, tivemos as projeções de SELIC, IPCA e PIB para o final de 2024 revisadas para cima, e isso também motivou a alta da bolsa, principalmente motivada pelo crescimento do país e resultado das empresas brasileiras.
No cenário internacional, o que movimentou a bolsa foram os dados do Payroll de sexta que vieram abaixo do esperado (esperado 164mil), e os dados do Fed de NY, além da expectativa dos dados de CPI e PPI na quarta e quinta-feira.
O último grande fator foi a situação na China com a inflação 0,3% ao ano e risco real de deflação, puxando a alta das Commodities.
Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital, conversou com o portal da BM&C News e analisou o pregão do Ibovespa, as expectativas futuras e o Dólar.
Mendonça começou destacando as ações que terminaram no azul. “MRVE3 em alta hoje devido a aposta da empresa para queda dos juros nos EUA e retomada da venda de US$ 200milhões em projetos da Resia nos EUA, e na projeção de aumento de venda dos projetos do Minha Casa Minha vida no Brasil. A Ultrapar em alta devido a projeção para a empresa gerar bons retornos no longo prazo, e ao lucro dobrado registrado no segundo trimestre”.
Já no lado vermelho, a especialista em mercado de capitais, falou que “a AZUL em baixa devido a confirmação de negociações para captação de recurso. A empresa está enfrentando dificuldades de entrada de caixa, o que pode levar a uma eventual recuperação judicial. RRRP3 em queda devido a incorporação da Enauta pela 3R Petroleum e mudança de nomenclatura na bolsa para BRAV3”.
Com isso, a sócia da AVG Capital também analisou a moeda americana e as expectativas para os próximos dias. “O Dólar oscila com a falta de clareza sobre o corte de juros dos EUA, mesmo com o FED mostrando sinais que haverá sim um corte. Além disso, o debate entre Trump e Kamala também movimenta a cotação, com a tendência de um dólar mais forte para Trump e um dólar mais fraco para Kamala”.
Por fim, Mendonça falou sobre as expectativas para os próximos dias para o mercado. “Semana que vem temos super quarta, decisão de juros nos EUA, Brasil. Nos EUA temos a perspectiva de corte. O Brasil, na contramão, demonstra alta, a curva de juros futura mostra que as expectativas de inflação continuam altas para 2025 e reiteram que o BC precisa subir juros e a situação fiscal no país ainda preocupa, gastos do governo ainda não estão controlados”.