O sistema previdenciário brasileiro passou por uma série de reformas nos últimos anos, e em 2024, algumas dessas mudanças continuam a impactar diretamente os trabalhadores que estão próximos de se aposentar. A reforma da Previdência, aprovada em 2019, trouxe novos critérios para aposentadoria, com regras que variam conforme o perfil do segurado, como tempo de contribuição e idade mínima.
As novas regras buscam equilibrar as contas da Previdência Social, garantindo que o sistema continue sustentável a longo prazo. No entanto, para os trabalhadores, é fundamental entender como essas mudanças afetam o tempo de trabalho necessário para garantir uma aposentadoria integral e quais são as alternativas disponíveis para quem está perto de se aposentar.
O que mudou na aposentadoria em 2024?
Em 2024, continuam em vigor as regras de transição para aposentadoria, que foram implementadas na reforma previdenciária. Essas regras são voltadas para aqueles trabalhadores que estavam perto de se aposentar no momento da reforma, mas que não conseguiram completar todos os requisitos na época. Um dos principais pontos dessas mudanças é a idade mínima progressiva, que aumenta gradativamente ao longo dos anos. Em 2024, a idade mínima para mulheres será de 62 anos, e para homens, de 65 anos.
Outra mudança importante é o tempo de contribuição exigido. Para as mulheres, o tempo mínimo de contribuição será de 15 anos, enquanto para os homens, será de 20 anos. Além disso, o sistema de pontos, que soma a idade do trabalhador ao tempo de contribuição, continua valendo em 2024. Para as mulheres, serão necessários 91 pontos, e para os homens, 101 pontos para se aposentarem.
- Idade mínima progressiva: Em 2024, mulheres precisam ter 62 anos, e homens, 65 anos.
- Tempo de contribuição: 15 anos para mulheres e 20 anos para homens.
- Sistema de pontos: A soma da idade e do tempo de contribuição deve atingir 91 pontos para mulheres e 101 pontos para homens.
Como calcular sua aposentadoria com as novas regras?
O cálculo da aposentadoria mudou significativamente com a reforma da Previdência. O valor do benefício agora é calculado com base na média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, o que inclui salários mais baixos que o trabalhador tenha recebido ao longo da carreira. Essa média salarial é aplicada a um percentual que depende do tempo de contribuição. Para quem contribuiu pelo tempo mínimo (15 anos para mulheres e 20 anos para homens), o benefício será de 60% da média salarial.
Esse percentual aumenta em 2% a cada ano adicional de contribuição. Portanto, quem contribuiu por mais tempo pode receber um valor maior, chegando a 100% da média salarial para aqueles que contribuíram por 35 anos ou mais. Essa regra incentiva os trabalhadores a continuarem contribuindo para aumentar o valor da aposentadoria, especialmente aqueles que começaram a contribuir mais tarde.
- Média salarial de todos os salários de contribuição: Inclui todos os salários desde 1994, sem descartar os 20% menores, como era feito antes da reforma.
- Percentual de 60% para o tempo mínimo: Esse percentual aumenta em 2% a cada ano adicional de contribuição.
- Possibilidade de receber 100% da média: Para aqueles que contribuíram por 35 anos ou mais.
Essas mudanças exigem planejamento por parte dos trabalhadores, que devem estar atentos para garantir que se aposentem de forma vantajosa e dentro das regras que melhor atendam ao seu perfil.