A criação de postos de trabalho nos Estados Unidos apresentou uma retração inesperada em julho de 2024, segundo o relatório Jolts, divulgado pelo Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (4). O número de vagas abertas no mês caiu de 7,91 milhões em junho para 7,67 milhões, ficando bem abaixo da expectativa de 8,1 milhões projetada por analistas. Esse cenário levanta sinais de alerta sobre o ritmo de contratação no mercado de trabalho americano.
Setores com maior impacto na redução de vagas
Os setores de assistência médica e assistência social lideraram a queda, com menos 187 mil vagas, seguidos pelo setor de transporte, armazenagem e serviços públicos, que registrou uma redução de 88 mil postos. Além disso, o governo estadual e local, exceto educação, também sofreu com a retração de 101 mil oportunidades.
Por outro lado, setores como os serviços profissionais e empresariais apresentaram crescimento, gerando 178 mil novas vagas. O governo federal também teve uma leve alta, com a abertura de 28 mil postos. Esse aumento, embora positivo, não foi suficiente para compensar as quedas em outras áreas da economia.
Mudanças nas contratações e desligamentos
Enquanto a criação de vagas recuou, as contratações em si permaneceram estáveis, com 5,5 milhões de novos contratados. No entanto, os desligamentos aumentaram para 5,4 milhões, refletindo um possível aumento na rotatividade de funcionários ou a reavaliação de forças de trabalho pelas empresas.
A taxa de vagas de emprego também apresentou um leve recuo, de 4,8% em junho para 4,6% em julho, reforçando a ideia de que a oferta de empregos está se ajustando a um ritmo mais lento. Este cenário levanta questionamentos sobre a sustentabilidade do mercado de trabalho nos próximos meses, considerando o contexto econômico global e os desafios internos dos Estados Unidos.