Com a chegada de 2025, o salário mínimo nacional terá um aumento significativo, atingindo R$ 1.509. Esse ajuste foi confirmado pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), divulgado nesta sexta-feira, 30 de agosto de 2024, pelo Ministério do Planejamento. Atualmente, o piso salarial é de R$ 1.412, portanto, a alteração representa uma alta de 6,87%.
Essa proposta ainda precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional antes de entrar em vigor. Inicialmente, o valor projetado era de R$ 1.502, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. No entanto, as previsões macroeconômicas revisadas justificaram o novo montante.
Quando passa a valer o novo salário mínimo?

A partir de 1º de janeiro de 2025, o novo salário mínimo de R$ 1.509 será oficial. Embora entre em vigor no primeiro dia do ano, os pagamentos com base no novo valor serão efetivados em fevereiro de 2025.
Por que o governo decidiu aumentar a previsão do salário mínimo para 2025?
As modificações nas previsões econômicas, como a inflação, foram determinantes para o ajuste do salário mínimo. A nova regra de valorização do salário mínimo leva em consideração o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos dois anos anteriores e a inflação acumulada no período de 12 meses até novembro.
Como é realizado o cálculo do salário mínimo?
O cálculo do salário mínimo brasileiro baseia-se em duas variáveis principais:
- Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores;
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro.
Para 2024, estima-se que o INPC acumule uma alta de 3,65%. Essa metodologia continuará a impactar o piso salarial nos próximos anos, com projeções de R$ 1.595 em 2026, R$ 1.687 em 2027 e R$ 1.783 em 2028.
Qual o impacto do aumento do mínimo nos gastos públicos?
O impacto nos gastos públicos será substancial, pois cada real acrescentado ao salário mínimo gera mais de R$ 350 milhões em despesas adicionais, especialmente porque o valor é o piso para muitas aposentadorias e pensões.
Para controlar esses gastos, o governo está revendo benefícios previdenciários e sociais, com uma estimativa de economia de R$ 25,9 bilhões em 2025. No entanto, a possibilidade de desvincular alguns benefícios do reajuste do salário mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), abono salarial, seguro-desemprego e auxílio-doença, ainda está em discussão.
Essa revisão foi mencionada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, em junho, mas as ideias ainda não foram concretizadas. O objetivo é encontrar alternativas para reduzir a pressão sobre os gastos públicos e lidar com as limitações orçamentárias do governo.