O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou esta sexta-feira (30) em leve baixa de 0,03%, fechando aos 136.004,01 pontos. Apesar da queda, o índice acumulou um ganho de 6,54% em agosto, o melhor resultado mensal de 2024 até agora. A sessão foi marcada por preocupações fiscais e pela valorização do dólar, que pressionou o mercado local.

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Impacto do Câmbio e Preocupações Fiscais
A valorização do dólar, que subiu 0,21% e fechou cotado a R$ 5,635, foi um dos principais fatores que influenciaram o desempenho do índice. O Banco Central realizou um leilão de US$ 1,5 bilhão no mercado de câmbio à vista, a primeira intervenção deste tipo no atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo foi conter a alta da moeda americana, mas o impacto foi limitado.
Além disso, dados do Banco Central mostraram que o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 21,348 bilhões em julho, superando as expectativas do mercado. Este cenário fiscal desfavorável trouxe incerteza para os investidores, contribuindo para a queda do índice.
Destaques do Mercado de Ações
No mercado acionário, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) foram destaque negativo, enquanto Engie (EGIE3) se destacou entre as maiores altas. A queda expressiva das ações da Azul (AZUL4), que recuaram 2%, também chamou atenção, após rumores de que a companhia poderia entrar com pedido de Chapter 11 nos Estados Unidos. A empresa negou as especulações e afirmou que está em negociações avançadas para otimizar seu capital.
Perspectivas para Setembro
Com o fim de agosto, os investidores agora voltam suas atenções para setembro, em meio a um cenário de incertezas fiscais e expectativas sobre a política monetária nos Estados Unidos. A continuidade do desempenho positivo do Ibovespa dependerá de como essas questões serão abordadas nos próximos dias.