O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta sexta, 30, da Expert, promovida pela XP. Ele expressou confiança na eficácia da revisão de gastos promovida pelo governo. “Estou confiante de que a revisão de gastos vai funcionar”, afirmou o ministro, destacando que os cortes de despesas não afetarão a população mais pobre.
O ministro também alertou sobre a necessidade de cautela ao comemorar o aumento do PIB. “Temos que tomar cuidado de não comemorar aumento do PIB sem verificar se o crescimento é sustentável”, destacou, indicando que o foco do governo não é apenas o crescimento em si, mas a sua qualidade e durabilidade a longo prazo.

Uma das questões abordadas foi a desoneração fiscal, que, segundo Haddad, passou de um problema de R$ 20 bilhões para R$ 30 bilhões após mudanças aprovadas pelo Congresso. Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal determinou que o Congresso deve seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e indicar fontes de receita para novas despesas, reforçando o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.
Respondendo às críticas que surgem ao longo de sua gestão, Haddad disse que “críticas fazem parte da vida pública; temos que nos empenhar em entregar o melhor resultado”. Ele reafirmou seu compromisso com uma economia mais forte, afirmando que seu desafio é “entregar uma economia melhor do que recebemos”.
Reforma Tributária
Haddad também falou sobre a reforma tributária e disse que a alíquota padrão do IVA ficará entre 26,5% e 28%. “O valor final será uma questão de moderação no Congresso. Um IVA sem exceções ficaria em 21,5%”, afirmou.
Taxa de Juros
Haddad também comentou sobre a discussão em torno da taxa de juros no Brasil, comparando-a com o cenário nos Estados Unidos. “Biden fala de juros, Trump falava; no Brasil tem um certo tabu quando se fala de juro”, observou, sugerindo que a discussão sobre juros no Brasil precisa ser mais aberta.
O ministro expressou otimismo em relação ao futuro econômico do país. “Vai chegar um momento que os fundamentos falarão mais alto que a especulação ou a incerteza que ainda paira no horizonte”, disse, projetando um cenário positivo para o final do ano. “Ainda acredito que terminaremos o ano com bolsa em alta, com PIB reajustado para cima, com baixo desemprego e inflação dentro da meta”, concluiu.
