Gabriel Galípolo foi oficialmente indicado como o novo presidente do Banco Central (BC) nesta quarta-feira, 28 de agosto de 2024. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de Política Monetária da instituição, assumirá a presidência em janeiro de 2025, após o término do mandato de Roberto Campos Neto, nomeado por Jair Bolsonaro.

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Processo de Aprovação e Próximos Passos
A indicação de Galípolo ainda precisa passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e ser aprovada pelo plenário. O ministro Haddad informou que o governo está trabalhando para definir os substitutos de Galípolo na diretoria do BC.
Recepção do Nome e Expectativas
O nome de Galípolo foi bem recebido por agentes do mercado financeiro e já era cogitado como o favorito de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo. Lula, inclusive, se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para alinhar a nomeação. Em um evento do Santander, Campos Neto expressou sua disposição em colaborar na transição para garantir uma sucessão tranquila.
Postura em Relação à Selic
Galípolo tem reiterado que está disposto a elevar a taxa Selic se necessário. Ele destacou que o Banco Central adotará uma postura cautelosa e avaliará a atividade econômica do Brasil antes de tomar decisões sobre a taxa de juros. Segundo Galípolo, todas as alternativas estão sendo consideradas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro.
Desafios e Pressões Futuras
Fabio Kanczuk, ex-diretor de Política Econômica do BC, comentou que Galípolo enfrentará o desafio de equilibrar as demandas de dois principais “chefes”: o mercado financeiro e o governo. Kanczuk afirmou que o novo presidente precisará gerenciar pressões para manter a inflação sob controle, enquanto também atender às expectativas de crescimento econômico promovidas pelo presidente da República. Essa dinâmica poderá exigir manobras delicadas e uma postura mais flexível em comparação com a gestão anterior.
Galípolo começa sua jornada à frente do Banco Central em um momento crítico, com o mercado e o governo observando atentamente suas decisões e estratégias para equilibrar os interesses econômicos e políticos.