Andrea Angelo, estrategista de inflação da Warren, compartilhou suas expectativas para o IPCA-15 de agosto, destacando uma previsão de desaceleração para 0,12%. Ela explicou: “Essa queda em relação aos 0,30% de julho é influenciada principalmente pela deflação nos preços de alimentos, especialmente em itens como frutas e leites.”
Bandeira Tarifária Verde Reduz Pressão Sobre a Inflação
A mudança para a bandeira tarifária verde em agosto tem contribuído para aliviar a inflação, segundo Angelo. “Em julho, a bandeira amarela elevou os custos de energia, mas a mudança para verde em agosto deve trazer uma deflação no item energia,” disse ela. Contudo, a estrategista alertou para o risco de retorno da bandeira amarela em setembro e outubro devido às condições climáticas e ao uso crescente de termelétricas.
Angelo ressaltou os desafios à frente, com as condições climáticas adversas e a baixa nos reservatórios que podem levar ao uso intensivo de termelétricas. “Essa situação pode impactar a inflação em 2024 e 2025,” afirmou. No entanto, para agosto, a previsão é de uma desaceleração devido à bandeira verde.
Influência da Gasolina e do Câmbio na Inflação
O reajuste de 7% no preço da gasolina pela Petrobras em julho ainda impactará o IPCA-15 de agosto, segundo Angelo. “A inflação ainda sente esse aumento, mas há uma expectativa de redução futura devido à queda nos preços internacionais do petróleo e à apreciação do real,” comentou. Ela acrescentou que esses fatores podem contribuir para uma inflação mais baixa em 2025.
Andrea Angelo discutiu ainda como a Warren está ajustando suas estratégias de alocação de ativos diante dos riscos inflacionários. “O mercado começou a precificar uma possível redução na inflação com a queda no preço dos combustíveis e a apreciação do real,” disse. Ela destacou que a expectativa de redução de juros nos Estados Unidos e a valorização do real estão sendo considerados fatores baixistas para a inflação futura.