A economia dos Estados Unidos continua a demonstrar resiliência, desafiando as expectativas de uma recessão iminente. Em uma análise recente, William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue destacou que, apesar do aumento recente na taxa de desemprego, “os dados da economia americana continuam sólidos, especialmente no que diz respeito ao consumo no varejo.” Esse consumo contínuo é uma boa notícia para a economia global, uma vez que os EUA, como a maior economia do mundo, influenciam diretamente o mercado internacional.
Inflação nos EUA Finalmente Dá Sinais de Alívio

Após meses de alta persistente, a inflação nos Estados Unidos começou a ceder, trazendo alívio ao mercado. “O último dado de inflação ao consumidor mostrou o menor índice desde março de 2021”, afirmou Alves, sublinhando a importância desse movimento para possíveis ajustes na política monetária do Federal Reserve. A meta de 2% do Banco Central americano ainda não foi totalmente atingida, mas o fato da inflação estar em queda contínua sugere um cenário econômico mais estável.
Expectativas para os Juros nos EUA
Com a inflação sob controle, as atenções agora se voltam para a política de juros. Segundo Alves, “há uma grande expectativa de que o Federal Reserve possa começar a cortar os juros já em setembro, com uma redução inicial de 0,25%.” No entanto, ele ressalta que o movimento deve ser cauteloso, com cortes graduais, conforme o mercado avalia os novos dados de inflação e a evolução da atividade econômica.
Impacto no Câmbio e no Real Brasileiro
O câmbio entre o dólar e o real brasileiro tem sido uma preocupação constante para investidores. Alves explica que a valorização do dólar frente ao real em 2024 “tem mais a ver com o cenário interno brasileiro do que com uma valorização global da moeda americana.” Ele destaca que, apesar da recente queda do dólar, esse movimento está mais relacionado ao sentimento global de menor aversão ao risco do que a melhorias no cenário interno do Brasil.
Perspectivas para o Mercado de Investimentos
A diminuição da aversão ao risco entre investidores tem levado a uma retomada de investimentos em mercados emergentes, incluindo o Brasil. “Quando o sentimento de aversão ao risco diminui, os investidores voltam a investir em bolsa no Brasil, em real, e em outros mercados de risco,” explicou Alves. Esse movimento de capital é fundamental para o fortalecimento das moedas locais e para a estabilidade dos mercados emergentes.